Agentes da 17ª Delegacia de Porto Alegre ainda não conseguiram localizar um dos suspeitos envolvidos em tumulto e agressões no Centro Histórico ocorridos no último domingo (19). Buscas foram feitas na segunda-feira (20) e contatos na manhã desta terça-feira (21), mas Paulo Miguel Rempel não foi encontrado. Ele foi reconhecido por duas vítimas e por uma testemunha dos fatos. Um segundo agressor não foi intimado porque a polícia aguarda que ele seja reconhecido por algum envolvido no caso.
Um inquérito foi instaurado para apurar lesão corporal leve. O delegado Cléber Lima é o responsável pela investigação relativa à manifestação a favor de intervenção militar e pelo fechamento do Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ressaltou que Rempel não estava em casa na segunda-feira e a intimação para depor foi deixada com vizinhos.
O investigado foi reconhecido por duas vítimas e uma testemunha. As três prestaram depoimentos na 17ª delegacia, sendo uma delas a mulher que levou socos e pontapés, conforme imagens de GaúchaZH. A reportagem tentou contato com ele, mas não conseguiu e também tenta descobrir quem é o advogado para contraponto.
Um segundo investigado, já identificado, ainda não foi intimado porque a polícia espera que ele seja reconhecido por vítimas. Em imagens, ele aparece em meio às agressões e no fim da gravação tenta impedir o trabalho de repórter fotográfico que fez o vídeo. A polícia segue analisando todos os fatos e buscando a identificação de mais pessoas. O objetivo é acionar pelo menos 10 envolvidos. Seriam pelo menos seis vítimas e quatro agressores, sendo outros dois envolvidos em xingamentos e na incitação dos demais durante o tumulto.
Uma mulher que estava com as vítimas também é procurada. Ela aparece em imagens nua e enrolada em uma bandeira do Brasil, além de estar usando uma máscara com a inscrição "Fora Bolsonaro". Para o delegado Cléber Lima, esse fato foi o estopim do tumulto, o que não justifica as agressões.