A Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira (1) um desdobramento da Lava-Jato no Rio de Janeiro. Denominada de Ratatouille, a operação tem finalidade de desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de detentos nos presídios no Estado do Rio, tendo como contrapartida o pagamento de propina a autoridades públicas.
Segundo o G1, foi preso o empresário Marco Antônio de Luca, ligado às empresas de alimentos Masan e Milano, que pertencem ao mesmo grupo familiar. Elas forneciam também alimentação para hospitais públicos do Estado e para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) durante os Jogos Olímpicos do ano passado. Nos últimos 10 anos, as duas empresas tiveram contratos superiores a R$ 700 milhões com o governo do Rio de Janeiro.
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Os policiais federais cumprem um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão nos bairros da Barra da Tijuca, Ipanema e Leblon, na Capital, e nas cidades de Mangaratiba e Duque de Caxias.
As investigações, iniciadas há seis meses, indicam o pagamento de pelo menos R$ 12,5 milhões em vantagens indevidas a autoridades públicas por um empresário do ramo de alimentação que mantinha contratos com o governo.
De acordo com a PF, o nome da operação remete a um prato típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto padrão em Paris, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas e empresários que possuíam negócios com o Estado.