A assessoria da presidente afastada, Dilma Rousseff, usou o Facebook neste sábado para negar pagamentos "por fora" da Odebrecht para a campanha presidencial, em 2014. A informação foi divulgada pela revista IstoÉ deste fim de semana. Segundo a publicação, Marcelo Odebrecht teria afirmado a investigadores da Operação Lava-Jato que conversou com Dilma, no período da eleição, para tratar sobre o repasse de R$ 12 milhões não declarados.
O dinheiro deveria ser dado ao marqueteiro João Santana, que atuou na campanha da petista, e também ao PMDB.
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Na internet, a equipe da presidente afastada informou que a notícia é mentirosa e infundada e que a veiculação das informações de delações são "seletivas", "arbitrárias" e "sem amparo factual". Ainda na postagem, a assessoria reitera que Dilma "jamais intercedeu pessoalmente junto a qualquer pessoa ou empresário buscando benefícios financeiros para si ou para qualquer pessoa".
A postagem afirma que a história ataca a honra pessoal da presidente afastada e é fundada em calúnia. A equipe informou que tomará as medidas judiciais cabíveis para reparar à Dilma os "danos provocados pelas infâmias lançadas contra si".
Odebrecht teria sido procurado pelo ex-ministro Edinho Silva, que solicitou os repasses. Ele disse ter negado inicialmente, mas, diante da pressão de Edinho, que foi tesoureiro da campanha de Dilma, resolveu procurar a então presidente em campanha de reeleição para conversar.
Segundo a reportagem, do montante solicitado por Edinho, R$ 6 milhões seriam para João Santana – também preso em Curitiba por ter recebido dinheiro de forma oculta no Exterior – e os outros R$ 6 milhões seriam para o PMDB. A conversa ocorreu após o primeiro turno da eleição de 2014 e a verba seria utilizada para a reta final do pleito.