O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo entregou à Secretaria-Geral da Mesa do Senado, na noite desta quarta-feira, a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff no processo de impeachment que tramita na Casa e deverá ser apreciado pelo plenário ainda neste ano.
O documento tem 372 páginas. Ao chegar ao Senado, acompanhado por parlamentares do PT, Cardozo afirmou que vai protocolar um requerimento para pedir que a delação premiada e as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sejam anexadas aos autos.
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– Várias destas falas mostram claramente a intenção, que nos viemos falando desde o início deste processo, de que efetivamente o impeachment ocorresse não porque há crimes, mas porque havia uma preocupação de vários segmentos da classe política em relação à Lava-Jato.
Sobre a defesa, o ex-ministro afirmou que continua na linha de mostrar a inexistência dos crimes de responsabilidade, incluindo outros argumentos e ponderações e mostrando o que estaria "equivocado" nas análises feitas pela Câmara e Senado.
– Esse processo de impeachment não tem base, não tem fundamento. Ele foi realizado não para punir atos ilícitos mas para afastar politicamente um governo porque esse governo não servia a aqueles que queriam que as investigações não continuassem – afirmou.
*Zero Hora com agências