O presidente interino Michel Temer afirmou, nesta quarta-feira, que o Bolsa Família deve ser mantido enquanto parte dos brasileiros enfrentar condições de extrema pobreza. A declaração do peemedebista ocorreu durante o anúncio, no Palácio do Planalto, do reajuste de 12,5% no programa social e da liberação de R$ 743 milhões para o Ministério da Educação.
– No Brasil, tem gente rica, de classe média, gente pobre e na extrema pobreza. Enquanto houver extrema pobreza, é preciso ter programas dessa natureza. Mas o objetivo é, num dado momento, ser desnecessário o Bolsa Família. Essa é a intenção – declarou.
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O reajuste do programa social é uma tentativa de o presidente interino se aproximar da base ligada historicamente aos governos petistas. Durante o evento desta quarta-feira, Temer garantiu que o Planalto não deseja cortar benefícios sociais.
– Alardeava-se também que deveríamos prejudicar os direitos sociais. E aqui está o Osmar Terra (ministro do Desenvolvimento Social) anunciando o reajuste no Bolsa Família – comentou.
O peemedebista também aproveitou o evento para pedir novamente união ao país. Para ele, a "fraternidade" é fundamental em meio ao contexto de dificuldades econômicas. Temer ainda mencionou que o déficit das contas públicas é "muito grande" neste ano.