As peças se movem no tabuleiro eleitoral visando à eleição para a prefeitura de Caxias do Sul em outubro. Algumas já estão colocadas em suas posições. Há pelo menos quatro pré-candidatos postos e nominados: Edson Néspolo, o nome anunciado pelo PDT, partido que comanda o governo, Daniel Guerra (PRB), Assis Melo (PCdoB) e Vitor Hugo Gomes (Rede). A principal indefinição reside no PMDB, que analisa se lidera uma chapa e escolhe entre seus dois principais nomes – os do vice-prefeito Antonio Feldmann e do deputado federal Mauro Pereira – ou indica um deles para vice de Néspolo, mantendo assim a aliança que está na prefeitura há três administrações.
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As decisões finais sobre o rumo de cada partido está nas mãos dos diretórios e serão formalizadas entre julho e agosto, nas convenções. Mas as movimentações são feitas pelos presidentes de partidos. Formam um grupo de cerca de 15 pessoas (veja quadros). A eles se juntam dois personagens especiais: o prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) e o governador José Ivo Sartori (PMDB). São eles que, por suas iniciativas e costuras, apontarão todos os candidatos que serão submetidos ao eleitor caxiense.
O prefeito Alceu, até pela posição que ocupa e ao desistir de concorrer à reeleição, teve de ficar na linha de frente para a definição partidária, inclusive porque o indicado é o presidente da sigla em Caxias. Já a participação de Sartori é inevitável. Como governador, sua liderança se impõe naturalmente. Apesar de ele e o presidente do PMDB caxiense, Ari Dallegrave, repetirem que Sartori não quer interferir na decisão, o próprio governador já opinou que é melhor Mauro "continuar em Brasília".
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Sartori, como fiador da aliança que está na prefeitura há 12 anos, e pela proximidade com Néspolo, dá indicativos de que vê com bons olhos a manutenção da coligação. Sua opinião tem peso grande, mas a decisão é dos membros do diretório.
Outros personagens importantes que movimentam peças são presidentes de siglas maiores, como PTB, PSB e PP. Flávio Cassina e Adriano Boff, presidentes das duas primeiras, respectivamente, já verbalizaram o sentimento partidário: estão ao lado do PDT. Já Selvino Segat, do PP, é mais cauteloso: quer esperar a definição do PMDB.
Também importantes do lado dos partidos da base, mas em um plano abaixo da movimentação, estão os porta-vozes do DEM e PSDB – Milton Corlatti e Paula Ióris, respectivamente. Os dois partidos já fecharam uma aliança para a eleição proporcional com o PSD (partido de Gilberto Kassab e Danrlei) e PSC (partido do Pastor Everaldo e Marco Feliciano). O PSD é presidido em Caxias por Assis Borges e o PSC, por Tito Cavalli.
Oposição
Do lado da oposição, houve um movimento importante, protagonizado pelo vereador Renato Nunes, presidente da comissão provisória do PR em Caxias. A iniciativa permitiu ampliar o radio de ação para a pré-candidatura de Daniel Guerra, do PRB, que é presidido por Heron Fagundes.
Já Silvana Pirolli, presidente do PT, tem uma árdua tarefa: reunir os petistas e suas principais lideranças, abatidos e desestimulados pelos escombros da enorme crise que alcançou o PT nacional, em torno de um projeto de governo e de uma candidatura. Uma coisa, pelo menos, o PT caxiense já definiu: terá candidato em outubro.
Deoclécio da Silva tomou nas mãos a coordenação da tarefa de definir um candidato para a Rede Sustentabilidade, que vai para sua primeira eleição em Caxias. Será Vitor Hugo Gomes, ex-PT e ex-PSB, em aliança com o PV. Já Deo Gomes e o PCdoB desde cedo estabeleceram que Assis Melo será o pré-candidato do PCdoB. E Anaí Souza, presidente do PSOL caxiense, terá a tarefa de conduzir a escolha do nome do partido para a eleição de outubro.
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Ciro Fabres
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