O vice-presidente Michel Temer fez, no começa da tarde desta quarta-feira (9), sua primeira declaração pública após a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Temer afirmou que o Brasil vive em uma "normalidade democrática extraordinária” e que as instituições “estão funcionando”.
Ele comentou a vitória da chapa 2 (Unindo o Brasil), formada, na maioria, por deputados da oposição e dissidentes da base aliada, para compor a comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment, além da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin de suspender o processo de impedimento.
“A Câmara dos Deputados, ontem, tomou uma deliberação no exercício legítimo da sua competência e, posteriormente, em face de medida judicial, o Supremo suspendeu, temporariamente, essa medida e, preliminarmente, para o exame posterior pelo Plenário. Isso revela, exatamente, que nós vivemos num regime de uma normalidade democrática extraordinária, as instituições estão funcionando. Nós devemos preservar aquilo que as instituições estão fazendo e revelar com isso a democracia plena do País”, afirmou na saída do gabinete da vice-presidência.
O vice-presidente foi questionado ainda se haveria uma debandada do PMDB, seu partido, do governo Dilma. Ele não respondeu, mas fez sinal negativo. Temer não comentou a carta que enviou à presidente na segunda-feira (7), sobre seu descontentamento com o tratamento recebido no governo, nem o encontro que deverá ter hoje com Dilma.