
O coordenador da campanha do candidato Tarso Genro (PT), Carlos Pestana, e o coordenador de campanha de José Ivo Sartori (PMDB), Sebastião Melo, debateram nesta segunda-feira (20) as ideias e propostas dos candidatos ao Piratini, no programa Gaúcha Atualidade.
O embate sobre a apresentação ou não de propostas foi um dos temas presentes.
O coordenador da campanha de Tarso, Carlos Pestana, afirmou que o candidato José Ivo Sartori não apresenta propostas para o Rio Grande do Sul, e quando apresenta, traz ideias que não têm como ser executadas.
“Ontem, no debate, o Sartori disse que o Pograma de Saúde da Família (PSF) vai chegar a 100% dos lares gaúchos. Do ponto de vista financeiro, é inexequível (não tem como ser ser cumprido). Do ponto de vista do objetivo do programa, é equivocado. Porque o PSF é para aquelas famílias carentes que necessitam do atendimento médico. O que me lembra muito uma promessa do Rigotto de construir um posto a cada quilômetro e que não executou. O Sartori ou não tem proposta ou faz proposta inexequível”, afirmou Pestana.
A afirmação foi contestada pelo coordenador de campanha de Sartori, Sebastião Melo, que cobrou promessas feitas pelo então candidato Tarso Genro em 2010 e que não foram cumpridas, como a promessa de realizar 104 acessos asfálticos.
Na avaliação de Sebastião Melo, o candidato deve ter responsabilidade e não prometer coisas que não sejam compatíveis com a realidade financeira do Estado.
“Um governador tem que saber o tamanho do cobertor para fazer as propostas. Não adianta fazer promessas e dois meses depois não poder cumprir. Na candidatura do Tarso, tem muitas promessas não realizadas e elas estão sendo requentadas. Não adianta dizer para os gaúchos que vamos fazer grandes coisas se o caixa está vazio. Tem que renegociar a dívida. O Rio Grande do Sul talvez precise de uma concordata”, explicou.
Aumento de Impostos
Os coordenadores também foram questionados sobre a possiblidade de os candidatos, se eleitos, promoverem aumento de impostos, como forma de aumentar a arrecadação, diante do cenário crítico das finanças estaduais.
Pestana afirmou que durante os quatro anos de governo Tarso não houve aumento de impostos e acusou governos do PMDB de promoverem aumento dos tributos. Melo, porém, lembrou que o ex-governador Olívio Dutra (PT) tentou incrementar a receita com aumento de impostos, mas não conseguiu.
“Nós governamos durante quatro anos sem aumento de impostos. Quem tem trajetória de aumento de impostos é o Sartori. Ele aumentou ICMS na época do Britto e deu um tarifaço da água em Caxias. Ele diz que o Estado está em crise, mas não aponta qual é a solução financeira. A solução que ele aponta é uma negociação (da dívida) que foi o governador Tarso que construiu bem antes do Sartori ser candidato”, afirmou.
Sebastião Melo prometeu que não haverá aumento de impostos caso Sartori seja eleito.
“Nós não vamos aumentar impostos. Mas eu não tenho memória curta: o Olívio tentou aumentar impostos três vezes quando ele foi governador e não conseguiu. E se eu não estou enganado vocês deram uma baita tarifaço nas carteiras do Detran, na transferência de veículos. A situação do Rio Grande do Sul é muito difícil financeiramente. Isso não só no governo Tarso, mas é verdade que ele botou o pé no acelerador para endividar ainda mais o Estado”, disse.
Ouça entrevista com os coordenadores de campanha no Gaúcha Atualidade
