A pacata cidade de Eugênio de Castro na Região das Missões vive um grande problema político. Com apenas 2.797 habitantes a cidade tem dois prefeitos. Reeleito em 2012, Roberto Bruinsma (PP), foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos. Em março de 2013, aconteceu uma nova eleição e quem comanda hoje o executivo é Horst Daltro Steglich, do PSDB. Na sexta-feira, o ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior eleitoral (TSE), reformou a decisão do TRE e inocentou o candidato do PP, não aceitando a gravação onde continha a denúncia de compra de votos.
"O prefeito vai tantar buscar na justiça seu mandato. (...) O partido vai providenciar o ingresso de uma ação no TRE para tentar anular a eleição suplementar para acontecer a eleição do prefeito Roberto Bruinsma, legalmente eleito", disse o presidente do PP, Celso Bernardi.
A cidade é relativamente nova, com apenas 25 anos. Horst Daltro Steglich é o prefeito que está no cargo. Ele assumiu e formatou todo o secretariado após a eleição suplementar. O Tribunal Superior Eleitral não aceitou uma gravação onde continha uma suposta denúncia de compra de votos neste município. A atual gestão, tentando se proteger para permanecer no poder executivo, enviou recurso contra a decisão tomada pelo ministro Henrique Neves.
"Vamos aguradar as decisões jurídicas para ver o que o tribunal vai reslver, mas eu estou tranquilo. (...) O que a justiça decidir nós vamos acatar. Nossa campanha foi honesta e limpa. (...) Eu sou obidiente a lei e deixaria a prefeitura se foi preciso", disse o atual prefeito Horst Daltro Steglich, do PSDB.
Todo problema começou depois da eleição de 2012. Inclusive em 2008 o atual prefeito, que na ocasião era de outro partido, chegou a ser cabo eleitoral do candidato do partido progressita que hoje tenta tirá-lo do poder. Para o presidente do PP, as mudanças na lei eleitoral causam insegurança.
"Sinceramente, temos muita insegurança. (...) Devíamos ter uma legislação bem mais clara e também havia de ter, no mínimo, uma certa coêrencia entre decisões do TRE e do TSE", disse Celso Bernardi.