A candidata do União Brasil à Presidência da República, senadora Soraya Thronicke, negou que o imposto único, proposta de sua campanha, seja uma reedição da polêmica Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), no debate promovido neste sábado (24) pelo SBT e outros veículos de imprensa. Ela ironizou:
— Não confunda cloroquina com Florentina — disse. — A CPMF não é o imposto único federal. O imposto único vai substituir 11 tributos e tirar o peso do consumo e colocar na movimentação financeira. Quem movimenta mais dinheiro paga mais. Quem ganha menos, paga menos — completou, ao tentar desconectar sua proposta da CPMF, que também incidia sobre movimentações financeiras.
Segundo ela, a CPMF era provisória, para investimento em saúde, mas virou permanente e não teve os recursos ligados necessariamente à área. Ao responder às manifestações do candidato do PTB, Padre Kelmon, Soraya ainda disse que o "Estado mínimo não pode ser o mínimo do mínimo" porque as pessoas passam fome e que é preciso aumentar a arrecadação, hoje paga por 70% da população, segundo ela.
— O imposto único é insonegável. Muitos não querem, diminui a carga, arrecada mais e mantém repasse aos Estados e municípios porque não impacta o pacto federativo — defendeu.
O debate presidencial é promovido pela emissora SBT, em parceria com CNN, Veja, O Estado de S. Paulo, Nova Brasil FM e Terra