
Após o Pioneiro revelar que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) resiste em concluir a duplicação da BR-116, em Caxias, devido ao custo, a Sulgás reiterou que está disponível para prestar acompanhamento técnico ao órgão rodoviário.
A empresa afirma prestar informações ao órgão federal desde 2023 e garante que há possibilidade de realizar a intervenção sem mover a tubulação, tanto do ponto de vista técnico quanto de segurança e qualidade do solo. O trecho de 900 metros é margeado por um gasoduto, que o Dnit diz precisar ser deslocado sob risco de a obra ser mais lenta e custar três vezes mais.
Quem vai pagar a conta?
O impasse — que a prefeitura de Caxias tenta resolver em uma nova rodada de negociações — está no entendimento de ambas as partes de que não há necessidade de gastos além do previsto.
O Dnit diz que realizar as obras nas atuais condições geraria questionamentos de órgãos de controle, um argumento baseado na lei. Mas como exigir da Sulgás, atualmente privada, a desembolsar milhares de reais para uma intervenção que ela considera desnecessária?
Não é impossível que um eventual fracasso das conversas leve o assunto à Justiça.