
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bento Gonçalves (Sindiserp-BG) decidiu, em assembleia na noite desta quinta-feira (13), iniciar "estado de greve". Também foi aberto prazo para negociação com o prefeito, Diogo Siqueira, até 24 de março. A ação significa alertar ao governo de que, a qualquer momento, os funcionários públicos poderão paralisar os serviços. O fato ocorre após a aprovação da retirada de benefícios dos servidores na segunda-feira (10), na Câmara de Vereadores.
Conforme nota oficial da entidade, as reivindicações são para que o prefeito receba os membros do Sindiserp e atenda exigências como oferecer propostas de reajuste salarial de 9% e reajuste do vale-alimentação para R$ 35 por dia, além de revisão de direitos retirados e melhores condições de trabalho.
Ainda na segunda-feira (10), a entidade tinha anunciado uma greve, mas voltou atrás após, segundo nota, terem recebido ameaças. De acordo com a presidente do Sindiserp, Neilene Lunelli, não houve diálogo com o Executivo sobre as propostas.
— Desde o início houve esforços para dialogar, mas a intransigência do Executivo em não negociar ficou evidente contrariando, inclusive, a legislação — comentou Lunelli.
Com isso, foi dado o prazo até 24 de março para o prefeito atender as exigências do Sindiserp. Caso o prazo não seja cumprido, a categoria deflagrará uma greve como último recurso "para garantir seus direitos", ressaltou na nota. A decisão foi aprovada pelos mais de 200 participantes da assembleia.
Também participaram da assembleia o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio Grande do Sul, Amarildo Cenci, e o vereador Moisés Scussel (MDB) que votou contra aos projetos da retirada de benefícios.
Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura de Bento Gonçalves informou que não haverá pronunciamento sobre o assunto.