Não passou despercebida na sessão desta terça-feira (18) da Câmara de Caxias a convocação de reunião para discutir a criação de um cargo para a farmácia do Ipam e criação de salário de secretário-adjunto para o diretor-geral da empresa. Foi durante a discussão sobre a abertura de crédito para o instituto.
O município não levou adiante a proposta, mas a possibilidade de elevar o salário do diretor de cerca de R$ 10 mil para aproximadamente R$ 18 mil, além do novo cargo, gerou indignação da oposição:
— Que Xou da Xuxa é esse? — questionou a vereadora Daiane Mello (PL), parafraseando o meme que surgiu no ano passado.
A direção do Ipam justificou a publicação da convocação como um equívoco, também criticado pelos vereadores.
Suspensão de edital
Durante o debate, pouco se falou sobre a suspensão do edital de licitação para a compra de computadores para o Ipam, tema do projeto em discussão. O certame foi impugnado por apontamentos de falta de competitividade.
Silêncio

Abordada com bastante ênfase em vídeo nas redes sociais dos vereadores Hiago Morandi e Daiane Mello, ambos do PL, a não utilização do castramóvel pela prefeitura de Caxias não foi mencionada na sessão desta terça-feira (18). A denúncia de não utilização do equipamento é pertinente e foi possível a partir da prerrogativa legal dos parlamentares de acessar órgãos públicos sem impedimentos.
Ao Pioneiro, Morandi disse que o tema seria abordado, mas não houve tempo na sessão. Daiane pretende abordar o assunto nesta quarta-feira (19). A prefeitura se justificou por meio de nota e informou que o veículo passou por adequações nos últimos meses e que se busca parceria com uma organização não governamental (ONG) para operação.
Informações sobre emendas
Um pedido de informações a respeito de emendas parlamentares destinadas à saúde acabou ampliando o debate sobre a captação de recursos para o município. A solicitação, proposta pela bancada do PT e aprovada por unanimidade, busca esclarecimentos a respeito de recursos encaminhados em 2023 e até agora não aplicados.
Ao longo da discussão, vereadores cobraram a instalação do escritório de projetos do município para que seja possível aproveitar rapidamente recursos de emendas ou programas da União. Também houve apontamentos sobre a necessidade de os recursos parlamentares estarem alinhados às demandas do município, além de uma gestão correta quando estiverem em caixa.
O vereador Rafael Bueno (PDT) foi além. Disse que há servidores que travam a aplicação dos recursos:
— Tem gente que está há 20 anos em estágio probatório.