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O vereador Edio Elói Frizzo (PSB) classificou como "terrorismo" os alertas de evacuação emitidos ao moradores do bairro Fátima, em Caxias, por conta do risco de rompimento da barragem Dal Bó, em maio do ano passado. A declaração ocorreu durante debate para a criação de uma Frente Parlamentar de Proteção e Defesa Civil, aprovada pelos parlamentares.
O aviso foi enviado na madrugada de 2 de maio do ano passado, devido ao aumento do nível da represa por conta da intensa chuva que atingiu a cidade. As famílias puderam voltar para casa dois dias depois.
Frizzo, que já foi diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), disse que houve atraso na abertura uma comporta de vazão de fundo na barragem, que poderia aumentar a vazão de escoamento da água e manter níveis mais baixos.
— Houve muito terrorismo, "a represa vai estourar". Nunca chegou nem próximo de estourar — argumentou.
Ainda segundo o vereador, a represa deve operar 50 centímetros abaixo do nível máximo, quando a água começa a escoar pelo vertedouro. Isso permite que o manancial retenha o excesso de água que poderia escoar pelos arroios Dal Bó e Tega.
"Objetivo não foi apavorar"
Moradora do bairro Fátima, a vereadora Daiane Mello (PL) esteve entre as pessoas que se mobilizaram para retirar as pessoas da área que poderia ser atingida pela água. Ela afirmou que o objetivo da ação não foi apavorar as pessoas.
— Parece que fomos para a rua apavorar as pessoas. Não, fomos porque o Samae estava dizendo. Então talvez tenha que melhorar a comunicação — reagiu.
Na época do alerta, o então diretor-presidente do Samae, Gilberto Meletti, disse que o risco era que a água transbordasse pela barragem e a erosão na base do paredão fizesse ele ceder.