Vereadores de Caxias do Sul repercutiram na sessão desta quarta-feira (19) a denúncia encaminhada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entendimento do titular da PGR, Paulo Gonet, o ex-presidente esteve na liderança de um plano de golpe de estado para impedir a posse de Lula (PT), eleito em 2022. A conspiração, segundo a denúncia,
Em discurso na tribuna, o vereador Capitão Ramon (PL) criticou a denúncia, que classificou de "verdadeiro atentado ao estado democrático de direito".
— Gostaria de perguntar o que o Estado brasileiro vai fazer contra isso que até agora eu não vi: delegacia de polícia civil foi alvejada por cerca de vinte criminosos fortemente armados. Isso me deixa triste, porque quando senhorinhas com a Bíblia na mão se manifestaram foram condenadas — disse enquanto mostrava a notícia de um atentado no Rio de Janeiro.
Já os vereadores Lucas Caregnato (PT) e Claudio Libardi (PCdoB) se manifestaram no sentido oposto:
— Quero que as pessoas vivam e sejam responsáveis pelo que elas fizeram. Mas aqui eu quero valorizar as instituições do Brasil. Porque senão fica na contradição. Ora, eu escutava dizer que tinha que prender, eu não defendo que ninguém seja preso injustamente, sem devido o processo legal. Agora, se as pessoas são responsáveis por atentar contra o estado democrático de direito elas precisam pagar — disse Lucas.
Bolsonaro também recebeu apoio nas redes sociais do deputado federal Maurício Marcon (Podemos) e do ex-vereador e presidente do PL municipal, Maurício Scalco.