
A Companhia de Desenvolvimento de Caxias (Codeca), empresa pública de economia mista que presta serviços de limpeza urbana e pavimentação asfáltica na cidade, tem uma projeção de déficit entre R$ 10 milhões e R$ 11 milhões no ano de 2019. O balanço contábil, no entanto, ainda não foi concluído. Em entrevista ao programa Gaúcha Hoje da rádio Gaúcha Serra na manhã desta quarta-feira (8), o novo diretor-presidente da companhia, Nestor Basso, afirmou que o principal problema é a deficiência de receita. Ele destacou que é importante retomar contratos tanto junto ao município quanto com o setor privado.
— É uma mescla de um pouco de tudo. Mas o principal problema que estamos levantando e vamos tentar corrigir é a deficiência de receita. Nós temos contratos operacionais que não foram corrigidos e cláusulas contratuais para correção. Há contratos que vencem logo em seguida, há serviços que temos que reativar em termos de contratação — afirmou, acrescentando ainda que a Codeca vai buscar aumentar a venda de serviços a empresas.
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Segundo Basso, as atividades de limpeza urbana da Codeca são autossuficientes, mas o problema está no departamento de construção civil, responsável por obras, como o asfaltamento de estradas.
— São atividades dessa natureza, as pequenas obras, tapa-buracos, recomposição de vias, que têm que ser retomadas com força e vigor junto ao município — exemplifica.
Basso confirmou que cortes de gastos estão sendo avaliados, o que ainda requer diagnósticos, mas descartou a possibilidade de demissões em larga escala ou de um programa de demissões voluntárias. Disse, no entanto, que pode haver demissões "onde realmente não houver correspondência na atividade".
— Há possibilidade de desligamento quando existirem motivações justificadas. Não vamos sair por aí caçando bruxas. Vamos fazer os desligamentos que forem necessários. Não tem nenhum programa de demissão estabelecido e nem vamos fazer isso. Vamos avaliar as situações; se o "cidadão A" não cumpre o seu dever, ou etcetera e tal, ele será justificadamente demitido — destacou, ressaltando que o quadro da Codeca vem permanecendo inalterado nas últimas gestões e não haveria por que "fazer terror" com esse tipo de situação.
O novo diretor-presidente também informou que vai buscar dar continuidade a um processo já da gestão anterior da Codeca, o de renegociar parcelamentos para pagamentos de fornecedores.
Sobre os prejuízos com o vandalismo e queima de contêineres de lixo inorgânico na cidade - foram R$ 120 mil só em 2019 - Basso afirmou que a principal medida é trabalhar a educação da população. Sobre novos materiais menos suscetíveis a incêndios, ele disse que o custo é elevado e que seria uma estratégia de longo prazo, reiterando que, neste momento, o foco da gestão até o fim do ano é adotar um plano de metas para melhorar a saúde financeira da empresa.
Confira a entrevista na íntegra: