
O clima é de cautela e precaução na Câmara de Vereadores e de aflição e incerteza na prefeitura quando o assunto é o resultado do processo de impeachment contra o prefeito Daniel Guerra (Republicanos). Nesta sexta-feira, a reportagem fez uma primeira consulta aos vereadores para que respondessem à seguinte questão: qual a sua posição sobre o impeachment do prefeito Daniel Guerra? Contra ou a favor? Apenas dois dos 23 parlamentares abriram o voto a favor da cassação de mandato de Guerra.
A maioria preferiu não assumir opinião. Os vereadores desse grupo majoritário saíram pela tangente e valeram-se da justificativa de que aguardam a apresentação do relatório final pela Comissão Processante, previsto para quarta-feira (18), pela procedência ou improcedência da acusação. Contra o impeachment, apenas posicionou-se, desde já, o vereador da base do governo Renato Nunes (PR). Não foi acompanhado, pelo menos neste momento, por seu colega da base, Elisandro Fiuza (Republicanos), que integra a Comissão Processante.
Nos bastidores, os comentários são de que a oposição teria voto suficiente e sobrando para cassar o mandato do chefe do Executivo. Os mais pessimistas contam 16 votos, número mínimo para a cassação. São necessários os votos de dois terços dos 23 vereadores para o afastamento. Já as mais otimistas previsões dizem que há 18 votos favoráveis ao impeachment. Nas duas hipóteses, não está contabilizado o voto do presidente da Câmara, vereador Flavio Cassina (PTB). Ele irá declarar-se impedido de votar. Em caso de cassação de Guerra, Cassina assumiria como prefeito.

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