A prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Fake News por 60 dias na Câmara de Bento Gonçalves está na pauta de votações desta segunda-feira (9). O prazo inicial, de 120 dias, encerraria na terça. A CPI, instalada em 17 de maio, apura se houve o uso da estrutura funcional da casa para criar e manter usuários falsos em redes sociais para a propagação de mentiras e comentários ilegais. No centro das investigações, está o vereador Moacir Camerini (PDT). Até agora, ele não foi ouvido na CPI.
Quatro depoimentos foram tomados entre 10 de junho e 1º de julho. Dênis Alex de Oliveira, Jorge Bronzatto e Jorge Mattos, ex-assessores de Camerini, admitiram a divulgação de informações falsas por meio de perfis criados para esta finalidade. Eles dizem que a orientação partiu do vereador. Também foi ouvida Rogéria Policárpio, que disse que foi induzida pelo pedetista a denunciar outro vereador por racismo, episódio que seria falso. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores, a investigação nos últimos meses se focou em busca de documentos.
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Camerini nega as acusações e diz que se trata de perseguição política. Segundo o vereador, se houve uso da estrutura da Câmara para divulgação de mentiras em redes sociais por parte dos assessores, isso foi feito sem o conhecimento dele. O pedetista afirma que nenhum documento que o incrimine foi localizado. Reclama também que nem ele e nem duas testemunhas que indicou foram ouvidos até agora. Para Camerini, também seria preciso investigar outros parlamentares.