A eleição para a União das Associações de Bairros (UAB) e amobs se avizinha, será no início de junho, mas as articulações pré-eleitorais apontam para uma novidade no cenário. Diferente das eleições recentes, o PT não tem chapa que represente o partido.
Um determinado segmento de políticos critica a vinculação entre partidos e movimento comunitário. Ocorre que assim é a vida, assim é a política, que está enraizada em toda a sociedade, em todos os segmentos e movimentos, e não há como impedir. Porque política tem a ver com posições, opiniões, entendimentos, prioridades, e cada pessoa ou grupamento de pessoas têm a sua, e se aproximam por afinidade na compreensão da realidade, inclusive no movimento comunitário. Então, é natural que alinhamentos políticos e até partidários estejam representados em eleições com a que vai ocorrer em junho na UAB. Não é pecado mortal, como muitos pensam. Pelo contrário, é sinal de posição.
Mas, desta vez, o PT decidiu não apoiar nenhuma chapa. Não significa um descolamento do partido em relação ao movimento comunitário, mas o contrário. O partido prefere ter representantes nas eleições das associações de moradores, as amobs, para fortalecer-se nas bases comunitárias. É uma volta ao passado, uma atenção aos movimentos sociais lá onde eles começam _ nesse caso, nos bairros.
Valdir Walter, um dos candidatos à UAB, foi filiado ao PT, mas não é mais. Itacir Pegoraro é filiado ao Solidariedade, para comprovar a tese da relação inevitável entre partidos e o movimento comunitário.
Mas o PT, desta vez, fica à parte. É uma novidade no cenário.
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