O líder de bancada do PDT na Câmara, vereador Rafael Bueno, não se manifesta por enquanto a respeito do projeto do vereador Ricardo Daneluz (PDT) que propõe a extinção do passe livre no transporte coletivo. Na terça-feira. Em nota, representantes dos chamados“órgãos de ponta” do partido, isto é, movimentos internos, solicitam“à bancada do PDT que solicite ao vereador a retirada do projeto”.
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– Fui comunicado do documento via Whats pelo Paulo Sausen (do Movimento Comunitário Trabalhista). Até agora, não recebi o documento em meu gabinete – afirma Bueno.
O líder de bancada conta que conversou com Mestre Brasil, do Movimento Negro, que consta como um dos que subscrevem a nota, e a informação recebida dele é que seu nome teria sido usado. Mestre Brasil confirma que não subscreveu a nota:
– Não subscrevi. Me surpreendeu, fiquei sabendo ontem (quarta-feira) à noite. Não concordo com o projeto do vereador (Daneluz). Externei a ele hoje (ontem), mas a Executiva que fale (sobre o projeto). Não gostaria de colocar mais lenha na fogueira – esclarece Mestre Brasil.
Por isso, Bueno classifica o manifesto de“mentiroso e fraudulento”. E acrescenta que ele próprio integra os movimentos da Juventude Socialista e Comunitário Trabalhista, mas que não houve nenhuma reunião desses dois órgãos para deliberar.
– O plenário é soberano. Posso fazer emenda aos projetos, agora o projeto que veio para a discussão, como eu vou cercear o direito de um vereador (de encaminhar o projeto que quiser)? – pergunta Bueno O episódio torna explícita, cada vez mais, a grande divisão partidária no PDT caxiense.
– Há uma divisão completa, devido a interesses pessoais de grupos que perderam espaço político e, como tem eleição partidária em maio, querem dividir o partido. Não terão mais espaço no PDT. Os bons tomarão conta (do partido) – sentencia Bueno.
Paulo Sausen, do Movimento Comunitário Trabalhista do PDT, admite que Mestre Brasil não subscreveu a nota:
– O Movimento Negro está sem organização, tem razão. Ele não representa mais esse movimento.