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Quatro vereadores já teriam garantido o apoio à União das Associações de Bairros (UAB) na intenção da entidade comunitária de conseguir a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possível infração político-administrativa e ato de improbidade contra o prefeito Daniel Guerra (PRB). O pedido de CPI foi levado à Câmara na semana passada. Porém, para ela poder funcionar, é preciso a assinatura de um terço dos 23 parlamentares, ou seja, oito.
A CPI tem nome, conforme o documento protocolado pelo presidente da entidade, Valdir Walter, e pelo presidente da Assembleia Geral da UAB, Paulo Sausen: CPI da Lista Negra. O nome é referência à denúncia de represália do líder do governo, vereador Chico Guerra (PRB), ao presidente da Associação de Moradores do bairro Cânyon, Marciano Correa da Silva. A ordem teria partido do prefeito, conforme sugerido pelo líder do governo em troca de áudios com o ex-coordenador de Relações Comunitárias, Rafael Bado. A orientação foi para não atender às demandas do líder comunitário. A medida seria um “corretivo” contra as críticas ao governo municipal e a ameaças de Marciano contra o vereador. Chico diz ainda que Marciano é o número um de uma “lista negra” da administração municipal.
Walter, ainda acredita que conseguirá mais de 10 assinaturas para a abertura da CPI.
– Já temos quatro vereadores garantidos, e os outros estão consultando suas bases e ainda lendo o documento.
Os nomes dos vereadores que demonstraram interesse em assinar a CPI não são revelados a pedido dos próprios parlamentares, diz Walter. Otimista, o presidente da UAB acredita que pode apresentar o documento com as assinaturas necessárias até o final da semana.
– Sexta teremos novidades. Com oito assinaturas, a CPI já se sustenta.
Líder do PSB diz que bancada não vai assinar o requerimento
Na semana passada, Edi Carlos, líder da bancada do PSB, disse que os socialistas não vão assinar a CPI. Apesar da manifestação, Walter segue buscando apoio da sigla.
– O presidente (Alberto Meneguzzi) não pode assinar por causa do cargo que ocupa. Tem ainda dois vereadores (no PSB).
Questionado se iria buscar a assinatura de Edi Carlos mesmo com a manifestação contrária à CPI, o presidente da UAB criticou o socialista.
– Ele ganhou uma, duas “obrinhas” (do governo municipal) e está mudando de lado.
Com a crítica, Walter pretende conquistar a assinatura do vereador Wagner Petrini, que recentemente assumiu a cadeira na vaga de Edio Elói Frizzo (PSB).
Nos bastidores, fala-se que a posição contrária do PSB à CPI da Lista Negra é devido à tramitação do terceiro pedido de impeachment de Guerra. O PSB alega que os demais vereadores de oposição deixaram Frizzo sozinho e se negaram a votar pela cassação do prefeito.
– Estão magoados. É muita vaidade – deixou escapar uma fonte que pediu para não ser identificada.
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