O ex-governador Germano Rigotto está disposto a concorrer à Presidência da República em 2018. A manifestação aconteceu no sábado, durante a convenção estadual da sigla em Porto Alegre. Aos gritos e aplausos, a militância ovacionou a declaração de Rigotto.
– Ninguém vai impedir que o PMDB tenha candidato próprio em 2018 para a Presidência. Se ninguém quiser, eu vou de novo para a briga – afirmou na convenção.
A manifestação de Rigotto serviu para marcar território em defesa da candidatura própria e impedir movimentos para “rifar” a cabeça de chapa para outro partido. Ele afirma que esse é o momento de garantir que o PMDB seja protagonista na eleição a presidente. Rigotto diz ainda que tem receio de que o partido não apresente um candidato para a Presidência.
– Lembrei que o PMDB não pode cometer os erros que cometeu ao longo desses anos de não ter um candidato próprio à Presidência. Foi um absurdo o que aconteceu nos governos do Fernando Henrique (Cardoso), Lula e Dilma (Rousseff).
Segundo o ex-governador, as decisões de não ter candidaturas próprias nas últimas cinco eleições presidenciais rotulou o PMDB de partido fisiologista, clientelista e outros adjetivos piores. Rigotto diz que o PMDB ficou sem “cara própria e projeto nacional” e critica a cúpula nacional do partido.
– A cúpula (do PMDB) se preocupou em ficar ocupando espaço (nos governos), trocando apoio por cargos e tempo de rádio e tevê (no horário eleitoral).
Apesar da manifestação, Rigotto não se considera pré-candidato à Presidência. Ele afirma que o candidato natural da sigla é o presidente Michel Temer.
– O Temer diz que não vai ser candidato, mas ele é o candidato natural do partido. Agora que o Temer está na Presidência, mais do que nunca temos que pensar em candidatura própria.
Rigotto conta que esteve acompanhado do ex-senador Pedro Simon em um encontro com mais de 2 mil peemedebistas em Tocantins e também se colocou à disposição para concorrer a presidente.
A primeira disputa
Em 2006, Rigotto disputou com o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, as prévias do partido para escolha do candidato à Presidência. Na época, o então governador do Rio Grande do Sul percorreu o Brasil, durante 20 dias, apresentado seu nome e sua proposta. Rigotto obteve 7.574 votos contra 4.910 de Garotinho, que venceu com a fórmula chamada “média ponderada”, com peso diferenciado aos Estados e votos de governadores, senadores e deputados federais e estaduais.
Eleições 2018
Germano Rigotto se lança pré-candidato ao Palácio do Planalto
Ex-governador quer marcar território em defesa de candidatura própria do PMDB
André Tajes
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