Negociar a dívida com a União é a saída para a crise econômica vivida pelo Rio Grande do Sul na opinião do ex-senador Pedro Simon (PMDB). Na manhã desta segunda-feira ele participou da inauguração da Escola do Legislativo de Caxias do Sul e externou sua opinião sobre a situação do estado e do país.
- Cobram da gente juros de agiota. Fizemos a proposta de pegar nossa dívida e entregar para um banco particular, onde pagaríamos metade do que pagamos para o Governo Federal - argumentou o político.
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Para ele, o Rio Grande do Sul atravessa hoje um dos momentos mais difíceis da história. Mesmo assim, elogiou o governador José Ivo Sartori, por ter assumido o cargo sem criticar seus antecessores ou apontar erros de gestões anteriores. Sobre a saída para a crise financeira, reforçou que o primeiro passo é rever a dívida com a União.
- Essa é a guerra que o Sartori vai ter que fazer. Está no caminho certo. Tem a dignidade de fazer o que tem que ser feito, sem procurar culpados. Agora, nós temos que pela primeira vez equacionar o problema do Rio Grande de uma vez por todas.
"Os militares estão nos quarteis"
No âmbito federal, a principal bandeira de Simon para contornar a crise política é apostar na atuação do Poder Judiciário. Pela primeira vez na história, argumentou o peemedebista, políticos estão sendo presos por crimes relacionados à corrupção, o que é um avanço.
Ao analisar os escândalos de corrupção e a possibilidade de impeachment, Simon comparou a situação atual com a vivida no início dos anos 1990, no governo de Fernando Collor de Mello. Na época, citou o político, o presidente foi derrubado por questões muito menores que as vistas hoje, porém nunca foi preso.
- Não é ir pra rua pedir o impeachment. Nós temos um momento importante da política. É a primeira vez que o Judiciário está fazendo o seu papel. Vamos deixar o Judiciário cumprir seu papel.
Lembrando a história recente do país, Simon citou que um dos desafios é o fato de os partidos políticos não terem história no Brasil, por causa da recente ditadura militar. No entanto, não acredita na possibilidade de uma intervenção militar.
- Eu vejo hoje um ambiente em que a sociedade brasileira não aceita o que houve em 1964. Graças a Deus a democracia está consolidada. Os militares estão nos quarteis.
Aprendizado
Em Caxias, Pedro Simon defende negociação da dívida do RS com a União
Ex-senador participou da inauguração da Escola do Legislativo, na manhã desta segunda-feira
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