Locais públicos de Caxias do Sul poderão ser obrigados a afixarem placas com a mensagem "Violência contra a mulher - Ligue 180 gratuitamente". Na sessão da Câmara desta terça-feira, os vereadores discutiram em primeiro turno o projeto de lei complementar 10/2015, assinado pelo vereador Raimundo Bampi (PSB). A proposta busca inserir a exigência no Código de Posturas do Município. O texto retornará à pauta, para segunda discussão e votação.
Os estabelecimentos elencados pela proposta são bares, restaurantes, lanchonetes, casas noturnas, agências de modelos, saunas, academias de ginástica, salões de beleza, postos de serviços e abastecimento de veículos e outros locais voltados ao mercado feminino. Se a medida virar lei municipal, o descumprimento implicará em notificação para a regularização em até 90 dias. Se a irregularidade persistir, multa de 20 valores de referência municipal (VRM), o equivalente a R$ 531,20, e mais 30 dias para regularização. Vencido o novo prazo sem as providências exigidas, o alvará de funcionamento será cassado.
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Na sessão desta terça-feira, outra medida relacionada à prevenção de violência foi discutida, mas não avançou. O projeto de lei que pretendia estabelecer medidas preventivas e orientadoras destinadas a inibir qualquer forma de violência contra professores será arquivado. O parecer de inconstitucionalidade em relação à proposta do vereador Daniel Guerra (PRB) foi acatado pela maioria (13x6) do plenário.
Autora do parecer, a Comissão de Constituição, Justiça e Legislação (CCJL) consultou a assessoria jurídica da Casa e institutos jurídicos, que apontaram vício de iniciativa. De acordo com a CCJL, o projeto dá atribuições a órgão do Executivo, o que fere a independência entre os poderes.
Entre as medidas preventivas, o texto sugeria estimular a reflexão nas escolas e nas comunidades sobre o assunto, e desenvolver atividades extracurriculares de combate à violência contra os professores, envolvendo educadores, alunos e membros das comunidades correspondentes.
Entre as medidas orientadoras, a proposição mencionava assistir o aluno que pratica a violência, assistir o professor que sofre violência, afastar, cautelarmente, o professor em situação de risco de violência e transferir o professor para outra escola, caso seja avaliado que não há condições para sua permanência na escola atual. Tais medidas orientadoras seriam adotadas, conforme o caso, pelos órgãos municipais competentes, pelas entidades representativas dos profissionais de educação e pelos órgãos competentes da comunidade escolar.
Política
Câmara de Vereadores de Caxias arquiva proposta que buscava inibir violência contra professores
Projeto de lei foi considerado inconstitucional por interferir no Poder Executivo
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