Por falta de quórum, o parecer favorável ao projeto que autoriza o Executivo a doar imóvel da antiga Metalúrgica Abramo Eberle S/A ao município de Caxias do Sul não foi votado nesta terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. A matéria fica adiada para depois das eleições. A deputada Marisa Formolo (PT) acusa os deputados do PMDB e do PSDB de manobra política para impedir visibilidade ao governador Tarso Genro (PT), às vésperas da eleição. O deputado e presidente do PMDB gaúcho, Edson Brum, contesta a versão da petista.
A doação da área estava na pauta desta terça da reunião ordinária da CCJ, onde seria feita a análise do parecer do relator, deputado Edegar Pretto (PT), ao projeto de lei 167/2014. Estavam na reunião os deputados Raul Pont (PT), Raul Carrion (PCdoB), Edson Brum (PMDB), Giovani Feltes (PMDB), Edegar Pretto (PT), Dr. Basegio (PDT), Marlon Santos (PDT), João Fischer (PP), Ronaldo Santini (PTB) e Lucas Redecker (PSDB). A CCJ é presidida por Heitor Schuch (PSB). A pedido da deputada Marisa Formolo (PT), Pretto solicitou uma inversão de pauta para que o projeto de lei 167/2014, referente à Maesa, fosse apreciado antes dos demais itens da ordem do dia. O projeto da Maesa era o 18º na ordem de apreciação.
Conforme a Agência de Notícias da Assembleia, "após rejeitar o pedido (de inversão da pauta), o deputado Edson Brum (PMDB) deixou a reunião, acompanhado pelos demais colegas das bancadas que se opõem ao governo", o que foi alvo de críticas de Marisa Formolo.
- O governador reconheceu que não se trata apenas de um prédio, mas da história do trabalho e de milhares de trabalhadores que passaram pela fábrica da Maesa, mas os deputados do PMDB e PSDB não querem garantir o direito dos caxienses de terem a sua história preservada - rebateu a deputada.
O deputado e presidente do PMDB gaúcho, Edson Brum, contestou as informações. Disse que a saída não teve nada a ver com o projeto da Maesa e garantiu que o quórum já havia caído ainda quando estavam no quarto projeto, devido à saída de outros deputados.
A secretaria executiva da CCJ, Rejane Silva, confirma que deputados do PP e PDT também deixaram a sessão. Segundo ela, foi após a votação do segundo projeto.