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A duplicação da Rota do Sol (RSC-453), rotatórias, terceira pista e balança para pesagem de veículos de carga são algumas das já conhecidas reivindicações que a Serra espera do próximo governo do Estado. Isso para evitar a deterioração do asfalto pelo excesso de peso.
A Rota é o tema da primeira reportagem da série Eu prometo, que será publicada diariamente no Pioneiro até 3 de outubro, antevéspera da eleição. Cada reportagem mostra uma demanda da região seguida das propostas dos candidatos ao governo (veja na página ao lado).
Existem várias sugestões para manter a Rota em boas condições. A instalação de um pedágio comunitário, o que possibilitaria a constante manutenção da estrada e maior segurança do usuário, é uma discussão que não passa à margem, considerando as finanças do Estado. Os 53 quilômetros entre Caxias do Sul e Lajeado Grande, distrito de São Francisco de Paula, estão em fase de recuperação por meio do Contrato de Restauração e Manutenção (Crema) de cinco anos com empresa terceirizada.
O olhar para a rodovia projeta o futuro. Além da constante reclamação diante das crateras que compõem o cenário da Rota do Sol e o índice de acidentes com vítimas fatais, a instalação do futuro aeroporto em Vila Oliva faz com que aumente a necessidade de atenção à estrada. Um dos maiores batalhadores pela construção da rodovia, e agora por sua duplicação, o coordenador da diretoria de Infraestrutura e Política Urbana da CIC e presidente da Comissão Pró-Rota do Sol, Nelson Sbabo, lembra que, logo após a decisão sobre o aeroporto, foi entregue ao Daer o pedido de uma rodovia duplicada.
- A Rota do Sol tem importância diferenciada, em função do aeroporto. Levamos o estudo da duplicação, do trevo da RSC-470, para quem vem de Carlos Barbosa, Garibaldi e Bento Gonçalves, no mínimo até o Apanhador, ligação mais próxima e com menor custo entre Vila Oliva e o futuro aeroporto. Mas, a partir daí, com a importância que a Rota representa, tem que ter um projeto de duplicação até Tainhas. É a grande reivindicação: que a Rota seja duplicada e tenha estudo de uma via expressa, ligando o trevo da 470 até Vila Oliva - defende Sbabo, além de rotatórias em interseções da BR-116 em direção à BR-101 e terceira pista.
Para Sbabo, o pedágio comunitário é um mal necessário.
- O Estado está numa situação financeira terrível. O pedágio comunitário seria uma solução imediata para ter uma estrada em condições melhores.
Balança daria importante auxílio
A instalação de uma balança para caminhões é vista como "um imenso auxílio para a fiscalização", segundo o chefe operacional da 5ª Delegacia Regional da Polícia Rodoviária Federal, Josué Neri, da circunscrição de Caxias do Sul a Lajeado Grande.
Ele diz que existem locais em Caxias com balanças particulares aferidas pelo Inmetro, com uso da PRF, permitido por lei. De acordo com Neri, a infração ocorre principalmente com os caminhões provenientes de cidades como Cambará do Sul, São Francisco de Paula e Bom Jesus, no transporte de toras ou de madeira beneficiada.
- Balanças instaladas na rodovia seriam o ideal para que se reduzisse ou extinguisse esse tipo de infração - acredita Neri.
Já a instalação de um posto da Polícia Rodoviária Federal é considerada quase que inconcebível pelo chefe operacional. Ele explica que se deve ao fato da distância entre um posto e outro e a área de atendimento. A PRF está instalada na BR-116.
- Na atual conjuntura política e de efetivo da PRF, não se vislumbra nenhuma possibilidade, a não ser que futuramente nós tenhamos toda a Rota do Sol ou daqui até o Litoral (atualmente, a fiscalização é dividida em trechos com a polícia estadual). Se mantendo o que temos hoje, apenas 53 quilômetros de circunscrição de rodovia federal, não é condizente e não seria possível neste momento - diz.
Para o sargento Luiz Carlos de Souza Martins, do Grupo Rodoviário (GRv) de Bento Gonçalves, a manutenção feita pelo Daer de São Francisco de Paula é ágil, com solução no mesmo dia em que é informado o problema, o que já não ocorre no trecho atendido pelo Daer de Osório. São 84 quilômetros entre Lajeado Grande a Aratinga, ambos em São Francisco.
O sargento ressalta a importância de uma balança, o que está previsto para ocorrer com a construção do posto do GRv de Tainhas, nos Kms 251 e 252. Mas ainda não há data. A maior infração acontece com carretas acima de sete eixos, que não podem transitar na rodovia.