Uma mãe acionou a Brigada Militar (BM) e acusou um guarda municipal de Vacaria de agredir os filhos dela no final da tarde desta quinta-feira (29). A desavença ocorreu próximo à Casa do Povo, no bairro Glória, onde acontecia um evento da 23ª Coordenadoria Regional de Educação. A mulher relatou que o servidor danificou a bicicleta dos jovens e desferiu um soco no braço do seu filho. Os policiais militares encaminharam os envolvidos à delegacia para registro dos fatos, onde o guarda municipal relatou uma ocorrência de desacato e desobediência por parte da família
O desentendimento foi confirmado pela direção da Guarda Municipal. Segundo o diretor Fabiano Ribeiro Martinho, foi uma situação isolada em que, prontamente, outros servidores se ofereceram para encaminhar a mãe e os filhos à delegacia, onde poderiam registrar sua versão dos fatos. Contudo, a família preferiu acionar a BM.
— Houve esta desavença, mas ainda não foi esclarecido o motivo. O que sabemos é que o menino foi retirado do local e aconteceu esse desentendimento com a mãe. A orientação para os outros colegas (que foram verificar os ânimos exaltados) foi para minimizar e oferecer carona até a delegacia — aponta Martinho, que salienta que os fatos serão apurados pela Corregedoria da Guarda Municipal.
Conforme o registro da BM, a mãe relatou que os dois adolescentes foram agredidos pelo guarda, que chutou a bicicleta dos jovens. O veículo foi danificado no aro e guidão. Ainda, a mulher acusou o servidor de dar um soco no braço de um dos filhos.
— Foi uma situação bem isolada, pois era um evento e acredito que o menino quis entrar com a bicicleta em um local que não era permitido. O relato que nos chegou foi de uma certa truculência, não de agressão. Se aconteceu algum abuso do guarda, não sabemos precisar — comenta Martinho.
Na delegacia, o guarda municipal também registrou um boletim de ocorrência por desacato e desobediência. Ele relatou que seis adolescentes chegaram à Casa do Povo de bicicletas e desobedeceram a ordem para não atrapalhar a circulação do público. Assim teria acontecido a desobediência, seguida de vias de fato e ofensas dirigidas pela mãe de dois jovens.
O caso será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Inicialmente, o delegado Carlos Alberto Defaveri afirma que as lesões não chegaram a ser consumadas de parte a parte. A identidade dos envolvidos não é divulgada em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).