Oportunizar maior acesso ao serviço de máquinas aos agricultores se tornou um objetivo para o Poder Público em Caxias do Sul. Por isso, um projeto de subsídio de óleo diesel, mediante a apresentação de notas fiscais das vendas de produtos, está em fase de estudo para que se torne uma lei, com o intuito de beneficiar o setor produtivo caxiense.
Com o óleo diesel subsidiado pela prefeitura, o agricultor poderá contratar máquinas terceirizadas ou até mesmo de vizinhos como, por exemplo, tratores para a realização dos mais diversos serviços dentro de suas propriedades como o preparo da terra, a colheita e os tratos sanitários. O auxílio seria dado em cima das notas fiscais de todos os produtos comercializados no ano anterior.
Um projeto semelhante ocorre em Dois Irmãos. Porém, a realidade caxiense é diferente devido ao número de propriedades e pelo próprio tamanho da cidade. Por isso, segundo o secretário de Agricultura, Rudimar Menegotto, a ideia está em fase inicial de estudos.
— Recebemos o pessoal de Dois Irmãos na última semana para entendermos como funciona. Mas lá é muito diferente da nossa realidade. Aqui, em certos locais, as máquinas andam mais na estrada do que no trabalho na propriedade, pela distância. Por isso, estamos iniciando um estudo de viabilidade, já que em Caxias o número de propriedades é muito grande. A partir disso, vamos montar o nosso projeto — explica.
Outro fator para o avanço do projeto é que seria possível reduzir a sobrecarga de demanda, que atualmente ocorre com as máquinas da secretaria, o que tornaria ações mais eficientes, como os da Patrulha Agrícola. Menegotto conta que há serviços essenciais de culturas que não se consegue atender tamanha a demanda.
— Um dos serviços que temos dificuldade é a da silagem, pelo alto custo do milho. Nessa época, tentamos atender a todos, mas é difícil pela demanda, pois tem um ponto de colheita. Se não conseguimos no período exato, haverá prejuízo ao nosso agricultor — revela.
No primeiro momento se tem a ideia de fazer um teste com agricultores com menos estrutura. Com base nos resultados com esses grupos, será possível verificar os próximos passos. "Tudo com os pés no chão e sem pressa", conforme Menegotto.
— Primeiro vamos elaborar essa lei e ela precisa ser aprovada pela Procuradoria Geral do Município (PGM). Depois, temos que ver a garantia do recurso. Não temos prazo, é preciso executar todos esses passos de maneira organizada, pois queremos melhor atender ao nosso agricultor, principalmente em colheitas, que tem períodos delimitados — explica.
Com relação ao projeto contemplar melhorias nas estradas do interior, o secretário explicou que essa questão, no futuro, pode ser incorporada ao texto. Mas que, atualmente, o serviço tem responsabilidade da secretaria de Obras.