Não somente os animais e as pessoas, mas também os objetos que nos cercam e nos servem têm uma vida útil com tempo finito, com prazo de validade. Nas coisas inanimadas que povoam e facilitam nossa vida cotidiana costuma ser mais fácil detectar o advento do momento em que começam a bater à porta da necessária e merecida aposentadoria. Mais fácil do que verificar essa mesma situação rondando os nossos bichinhos de estimação, os nossos entes queridos, os nossos amigos e, especialmente, a nós mesmos. Pendurar as chuteiras não é uma decisão fácil para ninguém. Perceber que o outro precisa pendurá-las requer sensibilidade aguçada, instrumento que nem sempre está calibrado em nosso íntimo, normalmente voltado às demandas do umbigo, órgão que na maioria dos humanos parece ditar a existência.
Opinião
Marcos Kirst: o recado da torradeira
Perceber o outro requer sensibilidade aguçada, instrumento que nem sempre está calibrado em nosso íntimo
Marcos Kirst
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