Difícil é quem não precise de um médico veterinário. Afinal, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil tem uma das maiores populações de pets do mundo. Estamos falando de algo em torno de 141,6 milhões de cães, gatos, peixes ornamentais e aves canoras.
Esses números expressivos justificam o aumento, nos últimos anos, de pessoas formadas nos cursos de Medicina Veterinária no país, que praticamente dobrou. Só para ter uma ideia, enquanto 6.229 estudantes se formaram em 2010, 11.907 se formaram em 2018, segundo dados do censo de Educação Superior.
É o que acontece no Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), que atualmente conta com 323 alunos regularmente matriculados nessa graduação. O corpo docente do curso é qualificado com mestres e doutores, o que mostra uma ampla capacidade de preparar os estudantes para esse mercado de trabalho. Para além do conteúdo, a dinâmica de integração entre professores, áreas comuns e atendimentos com raros cenários simulados e diversos cenários reais, contribui para uma formação completa dos futuros médicos veterinários.
Isso significa que, ao invés de fazer uma simulação de exame de sangue, por exemplo, o estudante realiza um exame de sangue real, em um animal que precisa de atendimento, lidando com um cenário do dia a dia de um médico veterinário. Os estudos ainda transitam entre áreas correlatas como Zootecnia e Engenharia Agronômica. Ao passo que o engenheiro agrônomo também precisa conhecer a parte animal, já que produz grãos para os animais, o zootecnista, que trabalha com produção e reprodução animal, também precisa ter foco na produção agrícola. Por isso, a formação em Medicina Veterinária da instituição pode ser considerada generalista. Ela dura cinco anos e permite a experiência com animais de pequeno e grande porte e de produção.
Ao se formar, o profissional já pode atuar imediatamente nas diferentes atribuições do médico veterinário, como cirurgia, clínica, diagnóstico e área de produção, desde que tenha a carteira do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado.
Conheça a opinião de quem já faz o curso
Vitória de Oliveira Maciel, 23 anos, acadêmica do último semestre, conta que o curso abriu portas para a sua vida profissional: “Fiz estágios onde pude pôr em prática aquilo que aprendi ao longo dos anos na graduação, bem como conheci profissionais que me inspiram muito na minha futura profissão. Com o curso só tive mais certeza que a cirurgia veterinária é o que eu quero pra minha vida!”
A aluna também indica o curso para quem deseja seguir por essa área, pois ele oferece várias possibilidades de trabalho. “Dentro do curso existe a oportunidade para fazer estágios, iniciação científica e projetos de extensão que agregam ainda mais à formação, além de contar com professores qualificados e um Centro Clínico Veterinário completo para colocar em prática aquilo que aprendemos em sala de aula.”
O Centro Clínico Veterinário é o ambiente que permite fazer integrações com as áreas correlatas, por proporcionar contato com multiespécies. Os alunos transitam entre pets convencionais e não convencionais, observando diversas possibilidades diagnósticas, realizando exames de sangue, de fezes, de urina e de imagem. O professor de imagem está lado a lado com o professor da clínica e, em conjunto, criam debates que envolvem os estudantes em um conhecimento completo. Isso só é possível graças ao ambiente da clínica, que conta com equipamentos de alta tecnologia e atendimentos reais.
O espaço já atendeu mais de 60 animais de pequeno porte, quando provou estar pronto para inaugurar, em junho deste ano. Em agosto, começará a atender animais de grande porte também.
Entre os serviços oferecidos estão o atendimento clínico e cirúrgico para pequeno e grande porte, clínica geral e especialidades para animais de grande porte, especialidades como endoscopia e odontologia, além dos laboratórios para diagnósticos de patologia animal: microbiologia, parasitologia, radiografia, ultrassonografia e patologia clínica.
Também aluno do último semestre, Everaldo Batista dos Santos, 33 anos, explica que decidiu fazer o curso na Instituição porque a forma como a grade estava organizada e como o curso era tratado o agradaram bastante, além do projeto de laboratório e do Centro Clínico, que despertaram seu interesse: “Poder ajudar um animal que pode estar com algum sofrimento faz eu me sentir realizado. Como eu tenho uma ligação maior com o campo, poder trabalhar nesse ambiente que eu gosto me satisfaz bastante. Para quem tem essa afinidade com os bichos e gosta dessa parte da clínica, laboratório e reprodução, com certeza indico o curso”.
Será que o curso de Medicina Veterinária é a escolha certa para você?
Segundo o Coordenador do curso, professor Dr. Vinicius Tabeleão, com mestrado em Ciências Veterinárias e doutorado em Biotecnologia, “ser médico veterinário é um sonho, assim como qualquer profissão que se ama, mas todo sonho tem um preço para se tornar realidade, que não é financeiro, mas de dedicação. É preciso ter em mente a razão de estar fazendo o curso de Medicina Veterinária e se perguntar: esse é meu sonho de vida ou o sonho de outra pessoa? Porque é preciso entregar a alma por esse sonho. É quando o aluno sai da aula com o olho brilhando”.
O professor também destaca que é preciso ter a mente aberta para experimentar: “Quer trabalhar com gato, mas não se permite experimentar a vivência com o cão ou aves de produção? Essa postura não permite ao aluno aprender e experimentar outras áreas que talvez ele nem mesmo sabia que poderia gostar, com estágios que são oferecidos do primeiro ao último dia de formação”.
Portanto, é o aluno quem deve buscar sua formação complementar, aproveitando a estrutura do curso. O mesmo é válido para depois da formação: o sucesso na carreira vai depender do mercado no qual o profissional estará inserido, mas, principalmente, da sua competência. O quanto é capaz de entregar resultados para aquele segmento. Quanto maior sua capacidade resolutiva, maior o seu salário. Também depende da empresa, se for uma empresa farmacêutica, por exemplo, vai ter um plano de carreira dentro desse setor, se for um distribuidor de fármacos e nutrição, vai ter uma remuneração mais atrelada ao seu desempenho. O salário inicial pode variar entre R$ 3 mil e R$ 8 mil.
Vinicius também ressalta que, para o futuro, tudo que envolve saúde, seja animal, humana ou ambiental, tem a ver com pensar em um ambiente mais saudável, o que demanda cuidado com o bem-estar dos animais. Quando os animais estão seguros, existe segurança para o meio ambiente e para as pessoas. Afinal, estamos com animais dentro de casa e, economicamente falando, nosso PIB é sustentado pelo agronegócio, setor com grande envolvimento veterinário. Não são os médicos veterinários que desenvolvem tecnologia para aplicativos úteis para essas áreas, por exemplo, mas eles são os profissionais que dizem como desenvolver e quais funcionalidades são importantes, contribuindo de maneira inovadora para esses setores.
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