
O Juventude foi informado que o atacante Ênio é suspeito de participar de uma manipulação de resultado para apostas esportivas.
Ele teria levado, propositalmente, um cartão amarelo no jogo de estreia do Brasileirão, contra o Vitória. Por isso, o jogador foi afastado da partida contra o Botafogo, neste sábado (5), como uma medida de preservação.
A CBF informou ao clube da Serra sobre a suspeita após um conjunto de casa de apostas perceber uma movimentação estranha em palpites para o jogador receber um cartão.
O volume financeiro foi extremamente alto, que mexeu inclusive com a cotação. Estima-se que os valores apostados são superiores a R$ 100 mil.
Outro fator que corrobora para a suspeita é que pessoas do futebol e ligadas a Ênio (o que é proibido pela Fifa, aliás) participaram das apostas. Seus nomes são mantidos em sigilo, mas a CBF já sabe quem são.
Ênio foi advertido por reclamação aos 36 minutos do primeiro tempo. O jogador vinha sendo um dos destaques do Juventude na temporada.
Grêmio e outras equipes sondaram Ênio
Foi recentemente adquirido pelo clube gaúcho por R$ 1,2 milhão referentes a 50% de seus direitos econômicos. O Grêmio esteve interessado nele, mas a negociação não avançou. Equipes de fora do Brasil também sondaram o atleta.
O atacante não deverá ser relacionado enquanto a investigação estiver em andamento. O Juventude não vai se manifestar enquanto as autoridades investigam o caso. O staff de Ênio também não quis se pronunciar.
Operação investigou casos semelhantes
Em 2022, a Operação Penalidade Máxima investigou casos semelhantes no Brasil. Ao todo, 22 jogadores foram punidos. Cinco deles receberam a pena máxima, o banimento do esporte.
Outros pegaram de 180 a 720 dias de suspensão. O Juventude já havia sido vítima dos jogadores Gabriel Tota (banido), Paulo Miranda e Vitor Mendes (ambos cumprindo 720 dias de suspensão).
Paulo Miranda e Vitor Mendes tomaram cartão amarelo por conta de apostas, e Tota foi o intermediador e quem recebeu o dinheiro da quadrilha.