
O auditório das futuras instalações da Biblioteca Parque da Fundação Maropolo, em Caxias do Sul, recebeu nesta segunda a primeira da série de palestras do projeto O Futuro Que Queremos, que está em sua segunda fase. O painelista Santiago Uribe Rocha abordou o tema "Cidade Educadora", para uma plateia que lotou os assentos disponíveis.
Rocha, que é referência mundial em resiliência urbana e inovação social a partir de sua participação no trabalho desenvolvido em Medellín, na Colômbia, falou sobre algumas medidas decisivas para fazer na cidade colombiana, que por duas décadas foi a mais violenta do mundo, a transformação que a faz ser referência em qualidade de vida nos dias atuais.
- Nós queríamos fazer de Medellín uma cidade inovadora e educadora, para que, ao final, fosse uma cidade pacífica e que reunisse as condições para a transformação social que resultasse numa cidade capaz de ajudar as realizar os sonhos das pessoas - pontuou.

O especialista falou também sobre a importância de conhecer profundamente as periferias da cidade e seus moradores, para saber melhor quais são os seus sonhos e como fazer a partir destes locais marginalizados a transformação. Um passo importante, segundo Uribe, é descentralizar ações e eventos sociais e estimular a construção de bibliotecas nas comunidades a fim de promover mais cultura e cidadania:
_ A pergunta a ser feita é: que tipo de cidadãos caxienses queremos? Que sejam apenas produtivos ou que também possam desfrutar da música, da poesia, da cultura? Ao pensarmos no cidadão que queremos educar para ter uma cidade inovadora, o trabalho mais complexo é, ao olhar para os cidadãos, encontrar não apenas apenas a diversidade, mas onde estão suas diferenças. E, enxergando essa diferença, construir um imaginário coletivo. Uma cidade inovadora precisa de um pensamento inovador que perpasse desde seus educadores até as famílias.
Na sequência, outra figura-chave do projeto, o cientista político Jean Edouard Tromme, comentou sobre os próximos passos desta etapa que, em suas palavras, é mais participativa e terá Uribe Rocha e Tromme como provocadores de medidas a serem pensadas para Caxias:
_ Estamos na fase de encontrar os embaixadores do futuro que queremos. Pessoas que pensamos que têm coragem para começar um processo de transformação que é também pessoal. A cultura determina a capacidade que as pessoas terão de pensar maneiras para resolver os problemas do seu território. Nos próximos passos queremos saber como, inspirados por vários modelos, e não apenas o de Medellín, vamos descobrir quais são os nossos sonhos e quais são os passos que teremos de dar para alcançá-los no caminho para fazer a Caxias do futuro.
RESTANTE DA PROGRAMAÇÃO
Terça-feira (1º)
Imaginação do futuro - Das 8h às 10h30min, na Fundação Marcopolo (Ana Rech): governos
Imaginação do futuro - Das 14h às 16h30min, na Fundação Marcopolo (Ana Rech): educação
Imaginação do futuro - Das 17h30min às 19h, na Biblioteca Parque: empresas
Quarta-feira (2)
Imaginação do futuro - Das 14h às 16h30min, na Biblioteca Parque: jovens
Das 17h30min às 19h na Biblioteca Parque: discussão dos próximos passos, resultados e compromissos necessários para avançar.
AGENDE-SE
O quê: ciclo de palestras do projeto O Futuro que Queremos, segunda fase
Quando: até quarta-feira
Onde: Biblioteca Parque - Fundação Marcopolo (Rua Pinheiro Machado, 410) e na sede da Fundação Marcopolo, em Ana Rech.
Quanto: entrada franca, mediante inscrição prévia neste link.