Um terço dos focos do mosquito da dengue identificados em Caxias do Sul neste ano estavam em armadilhas instaladas por equipe da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), conforme comunicado da prefeitura. Até o momento, foram localizados 143 locais de reprodução do Aedes aegypti no município, com 48 nesses recipientes.
Conforme a assessoria do município, as armadilhas foram instaladas no ano passado pela Vigilância Ambiental em Saúde. Elas são chamadas de ovitrampas.
No total, são 206 armadilhas espalhadas em Caxias e monitoradas uma vez ao mês. O diretor técnico da Vigilância Ambiental em Saúde, Rogério Poletto, explica que as ovitrampas estão em pontos em que seria mais difícil localizar esses focos.
— Assim, conseguimos organizar e otimizar melhor o trabalho, para que o agente concentre o trabalho primeiro no local onde a armadilha foi positiva e possa retornar depois a outros locais onde foi negativo, quer dizer, onde não foi encontrado o mosquito — conta Poletto.
Segundo a comunicação, o trabalho de combate ao mosquito da dengue também conta com saídas de rotina dos agentes do município em diferentes regiões da cidade. São visitadas casas, empresas e comércios em busca de pontos com água parada.
Além disso, existe o monitoramento quinzenal de 197 pontos estratégicos. Esses são locais onde existe grande probabilidade do acúmulo de água, como floriculturas, borracharias, ferros-velhos e cemitérios.
O município também conta com o Levantamento Rápido de Índice de Infestação (LIRAa). Apenas entre 13 e 17 de janeiro, foram realizadas cerca de oito mil visitas de monitoramento da dengue. A ação fez parte da primeira edição deste ano do LIRAa, realizado em quatro momentos do ano e que abrange todas as regiões da cidade por meio de visitas em quarteirões definidos aleatoriamente em um sistema de computador.
As ovitrampas
A ovitrampa é um pequeno vaso plástico com água, uma palheta de madeira e um atrativo à base de levedo de cerveja para atrair o mosquito Aedes aegypti. A armadilha é colocada em locais como garagens, pátios, áreas cobertas e outros preferencialmente abertos.
O ponto é escolhido pelo agente de combate às endemias, que observa aqueles com mais possibilidade de circulação do mosquito. Uma semana depois de instalada, a armadilha é recolhida inteira e levada para análise em laboratório em busca de ovos.