As obras da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Alexandre Zattera, no bairro Desvio Rizzo, em Caxias do Sul, devem ser concluídas até o início do ano letivo, marcado para o dia 10 de fevereiro. Segundo a diretora da instituição, Maria Elisa Goulart Chagas, restam apenas alguns acabamentos para que a obra seja, de fato, finalizada.
A reforma havia sido reiniciada em maio do ano passado, após ter sido paralisada em agosto de 2023, quando a empresa Boa Vista Construções, de Erechim, abandonou a obra, deixando, inclusive, os entulhos em meio ao pátio externo. A empresa que assumiu a reforma foi a Lotto Engenharia e Construções, de Bento Gonçalves.
A previsão inicial era de que os serviços fossem concluídos em novembro de 2024, entretanto, o prazo foi estendido devido ao acréscimo de novas intervenções, que não estavam previstas anteriormente no contrato, como a recuperação do piso da quadra de esportes e pintura interna do hall de entrada da instituição.
— A obra se estendeu para que pudéssemos atender às outras necessidades e demandas que a escola precisava, por isso fizemos um aditivo contratual para incluir estes serviços — explica Joel Vargas da Silva, coordenador da 4ª Coordenadoria Regional de Obras Públicas (4ª Crop), de Caxias do Sul, órgão que fiscaliza as obras.
A recuperação da estrutura da escola contemplou ações de reforma das instalações elétricas, com a implantação de uma subestação transformadora, colocação de novas coberturas no prédio de salas de aula, reforma da cobertura sobre o refeitório e sobre o saguão de entrada e corredores, implementação de reforços estruturais, substituição do forro de madeira por forro e beirais de PVC e adequação do esgoto pluvial e da caixa de gordura, além de criação de novas salas. Somando o aditivo contratual, o investimento total da obra é de cerca de R$ 1,4 milhão.
Os problemas estruturais já eram conhecidos pela comunidade há cerca de 20 anos, e envolviam buracos e madeiras podres, além da situação de perigo do telhado, que alagava a área do refeitório e da entrada, além de poder cair caso não recebesse reformas, oferendo risco aos estudantes. Tapumes chegaram as ser usados para interditar a parte em que chovia dentro da escola.
Uma escola renovada
A diretora Maria Elisa, que completa um ano na direção da escola em fevereiro, não esconde o sentimento de satisfação e alegria ao ver a reforma, tão aguardada pela comunidade, praticamente concluída.
— Está um ambiente lindo para receber os alunos. O sentimento é de gratidão a todas as pessoas que estiveram envolvidas em todos os processos. Além do governo do Estado, também tivemos muitos voluntários, muitas pessoas que ajudaram, que contribuíram, que trabalharam, que vieram aqui sábados e domingos, e ajudaram a fazer pequenos detalhes, pequenos reparos, mas que, no todo, faz grande diferença — relata.
Atualmente, a escola Alexandre Zattera conta com 801 alunos matriculados nos três turnos. Entre professores e funcionários, são 68 pessoas.
— Foi um ano de muito trabalho, de esforço de todo mundo para que a obra conseguisse ser finalizada nesse tempo. Agora é abaixar a cabeça e estudar, para fazermos um ano letivo de sucesso para todo mundo — diz a diretora.
Ações adotadas ao longo da execução das obras
Para que a reforma da escola Alexandre Zattera ocorresse sem interferir nas aulas presenciais durante o ano passado, foi preciso que a direção pensasse no remanejamento dos estudantes para outro lugar. O local escolhido foi o ginásio de esportes da instituição. Lá, foi montada uma espécie de escola de campanha, com salas improvisadas, separadas com tecido TNT. A estrutura foi desmontada nesta quarta-feira (29).
— Foi um tempo de muito aprendizado, muita paciência e persistência de todos nós, professores, alunos e funcionários. O período de aulas no ginásio foi muito difícil, de muito frio no inverno e muito calor no verão. A gente precisou ter garra, mas tínhamos o sonho de ver a escola pronta — emociona-se a diretora Maria Elisa Goulart Chagas.
Outra medida adotada foi em relação às eleições municipais do ano passado. A escola Alexandre Zattera era, até então, o segundo maior local de votação de Caxias do Sul, com cerca de 6 mil eleitores. Devido à reforma no prédio da instituição, as 16 seções de votação da 16ª Zona Eleitoral foram transferidas para a Faculdade Anhanguera no pleito das 2024.