A emergência climática e os desafios da transformação ecológica serão os principais temas que serão abordados na 1ª Conferência Intermunicipal do Meio Ambiente. O evento, promovido pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável da Serra Gaúcha (Cisga), será realizado no dia 29, no campus da Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Bento Gonçalves, com início às 8h.
26 municípios da Serra estarão reunidos para discutir planos e ações sobre o tema Emergência Climática, abordando cinco eixos: mitigação; adaptação e preparação para desastres; transformação ecológica; justiça climática; e governança estadual e educação ambiental. Os projetos e ações aprovados na etapa intermunicipal serão abordados na estadual.
Aberto à comunidade (para maiores de 16 anos), as inscrições podem ser realizadas gratuitamente até esta sexta-feira (17), por meio do link ou, presencialmente, nas secretarias do Meio Ambiente dos municípios participantes. Para as vagas remanescentes, poderá ser feito o credenciamento de forma presencial no dia do evento, das 8h às 8h30min.
Conforme a presidente do Cisga e prefeita de Santa Tereza, Gisele Caumo, na conferência serão criadas, analisadas e deliberadas propostas com base na realidade intermunicipal, resultando no encaminhamento de 10 propostas, sendo duas de cada eixo temático, além da eleição de uma delegação, que representará as cidades na Conferência Estadual do Meio Ambiente, que ocorrerá nos dias 11 e 12 de março de 2025, em Porto Alegre. Dois meses depois, de 6 a 9 de maio, será realizada a 5ª Conferência Nacional, em Brasília.
— Certamente, o tema proposto vem ao encontro do que a nossa região vivenciou a partir do fatídico 4 de setembro de 2023. Eu falo isso com propriedade, não somente como presidente do Cisga, mas como prefeita de um município que acabou vivenciando todas as catástrofes climáticas. Não há dúvidas que esse evento vem com o objetivo de somar, de propiciar conhecimento, para que, desta forma, possamos encontrar alternativas para minimizar os efeitos de possíveis novos enfrentamentos e soluções para trabalharmos com a prevenção — destaca Gisele.
Ao relembrar que o município de Santa Tereza foi um dos mais atingidos pela catástrofe climática, a prefeita salienta a cidade ainda vive o processo de reconstrução.
— Prevenir é sempre muito mais barato do que remediar. Nosso município vivenciou a sequência de cinco enchentes, de setembro de 2023 até junho de 2024. Nós estamos no processo de reconstrução, de restabelecimento. E claro, sempre objetivando que o plano de contingência, diante da vivência de tantas catástrofes, possa ser atualizado e amplificado, garantindo desta forma que os efeitos dessas catástrofes possam ser cada vez menores — finaliza.