A construção de uma nova estação principal de integração (EPI) para o transporte coletivo de Caxias do Sul tem previsão de início no segundo semestre deste ano. A estrutura ficará na Avenida Rio Branco, no bairro Ana Rech, quase em frente à Marcopolo.
A data foi confirmada pela Secretaria de Trânsito com base no prazo de conclusão da construção das faixas de ônibus em concreto das ruas Bento Gonçalves e Marechal Floriano, previsto para junho. Como a EPI integra o mesmo pacote de obras, o objetivo é iniciar o trabalho na Zona Norte imediatamente após a finalização das intervenções nas vias centrais.
Segundo o secretário Alfonso Willembring, o prazo foi negociado com a Caixa Econômica Federal (CEF), responsável por repasses de recursos da União. As faixas de ônibus e a EPI integram o mesmo pacote de obras financiado com recursos do PAC Mobilidade Médias Cidades, mas o município estava prestes a ter que devolver o dinheiro devido à demora para o início do trabalho.
— Será uma licitação rápida. Os projetos estão prontos, não vai parar nem 10 dias (entre uma obra e outra) — prevê Willembring, acrescentando que a licitação será publicada ainda durante as obras das faixas de ônibus.
A EPI Ana Rech permitirá a troncalização do transporte entre a Zona Norte e o centro da cidade. A estação será o destino das linhas dos bairros do entorno e também das linhas intramunicipais, que atendem localidades e distritos como Criúva, Mulada, Vila Seca, São Braz e Parada Cristal, entre outros. No terminal, passageiros poderão realizar a integração com uma linha troncal, que canalizará o fluxo em direção ao centro.
Ao contrário das EPIs Floresta e Imigrante, já em operação, a EPI Ana Rech será do tipo aberta. Isso significa que o passageiro que embarcar na estação pagará a tarifa no próprio ônibus e não em uma catraca no acesso. Já a integração entre as linhas será realizada por meio do cartão do transporte e não pelo embarque nas portas traseiras. Esse modelo já é adotado, por exemplo, por passageiros que realizam a integração em pontos de ônibus do centro.
O custo exato da nova EPI não está definido, mas a expectativa é de que a construção leve entre 12 e 14 meses. Para o futuro, existe a intenção de construir uma segunda estação na Zona Norte e outra na Zona Sul. Nesses casos, porém, ainda é necessário definir a localização, além de elaborar projetos e captar recursos.