A Macrorregião da Serra continua pela quinta semana consecutiva classificada como área de alto risco de contágio pelo coronavírus. O mapa preliminar da 34ª rodada do Modelo de Distanciamento Controlado foi divulgado pelo governo do Estado no final da tarde desta sexta-feira (25).
Das 21 regiões epidemiológicas em que o Rio Grande do Sul foi dividido, seis foram classificadas com grau de risco médio e ficarão sujeitas às regras da bandeira laranja. São cinco a mais do que na semana passada, quando apenas Guaíba estava nesta condição. Porém, a avaliação do Estado é que o restante do Estado segue em alerta – o que representa 76,5% da população gaúcha de 414 municípios.
Se considerarmos o Estado como um todo, houve redução de 14% no registro de novas hospitalizações confirmadas com covid-19 e de 6% no número de internados em leitos clínicos covid. Já as UTIs apresentaram aumento de 5% no número de internados com coronavírus.
Segundo o governo, contabilizando os pacientes internados por covid e também outras causas, nesta semana, houve novamente estabilidade no número de leitos de UTI ocupados. Com a abertura de leitos e o aumento dos confirmados com covid-19 em UTI, a razão de leitos livres para cada ocupado por covid-19 ficou praticamente equivalente.
Caxias do Sul está entre as regiões com maior número de novos registros de hospitalizações nos últimos sete dias (157), atrás apenas de Porto Alegre (256). Contudo, houve redução de 24%, em Caxias, de 207 para 157. Com relação a SRAG, enquanto há sete dias havia 157 internados, a quantidade de pacientes aumentou para 158 no último dia. No caso de leitos clínicos, o número de pacientes passou de 190 para 205, um crescimento de 8%. E com relação aos internados por covid-19 em leitos de UTI, o crescimento foi de 11%, passando de 122 para 136 pacientes.
Dos quatro indicadores regionais, Caxias do Sul alcançou classificação de risco máximo (bandeira preta) em dois deles. É o caso do número de hospitalizações por covid-19 para cada 100 mil habitantes e da projeção de óbitos. Os indicadores do número de hospitalizações por covid-19 nos últimos sete dias e do estágio de evolução da doença obtiveram bandeiras amarela e laranja, respectivamente. Com o registro de 53 óbitos nos últimos sete dias, houve aumento de 26% em relação aos registrados na semana anterior (42 óbitos). No caso do indicador de Ativos sobre Recuperados, a região registrou 4.748 ativos e 11.342 recuperados e a razão entre as duas variáveis ficou em 0,42, uma melhora em comparação a mensuração anterior, que estava em 0,54.
O indicador relacionado a capacidade de atendimento piorou no comparativo entre as semanas, de forma que se manteve na bandeira preta. Assim, o percentual de pacientes confirmados para covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, aumentou. Enquanto na semana passada havia 0,36 leitos de UTI livres para cada leito de UTI ocupado por paciente covid-19, nesta semana o indicador passou para 0,35. No comparativo do número de leitos livres de UTI no último dia para atender Covid-19 entre as duas quintas-feiras, verifica-se um aumento de 7% no número de leitos de UTI livres para atender covid-19, passando de 44 para 47, fazendo com que o indicador tenha atingido bandeira amarela.
Portanto, com as variações nos números de internados e na velocidade do avanço da doença, dos dois indicadores macrorregionais que mensuram número de pacientes internados em UTI (por SRAG ou covid-19) e do indicador de internados em leitos clínicos (covid-19), foram obtidas uma bandeira amarela, uma laranja e uma vermelha. Os indicadores de capacidade de atendimento e de mudança na capacidade de atendimento, mensuradas pela macrorregião, obtiveram bandeiras preta e amarela, respectivamente.
Como o mapa preliminar foi divulgado às 19h desta sexta, municípios e associações regionais que desejarem enviar pedido de reconsideração ao mapa preliminar têm uma hora a mais – para fechar o prazo de 36 horas – para enviar sua solicitação ao governo. O formulário online ficará disponível até as 7h de domingo (27).
De qualquer forma, a região adotou o modelo de cogestão e, em função disso, poderá seguir as regras da bandeira laranja.