Um ofício assinado pelo Sindilojas e pelo Sindicomerciários de Caxias do Sul e encaminhado à prefeitura nesta quarta-feira (6) defende o reforço na frota e a suspensão de gratuidades nos horários de pico do transporte coletivo. A solicitação ocorre devido a reclamações de superlotação em parte das linhas em momentos de maior movimento.
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Na carta, os sindicatos patronal e laboral pedem que a fiscalização seja redobrada e a frota ampliada em 20% nos horários de pico. Além disso, defendem que a isenção da tarifa a quem tem mais de 65 anos, retomada na semana passada, vigora apenas das 9h às 11h e das 14h às 17h.
Outra observação do ofício é que os procedimentos de segurança também devem ser cobrados com a mesma rigidez no transporte coletivo. "Se existe todo cuidado do comerciante em manter sua loja higienizada, tal trabalho é em vão se o trabalhador não tem a mesma segurança no transporte coletivo", afirma um trecho do texto.
Conforme o presidente do Sindicomerciários, Nilvo Riboldi Filho, a entidade tem recebido relatos diários a respeito de excesso de passageiros. A preocupação é de que funcionários fiquem expostos a uma eventual contaminação mesmo que sejam adotadas medidas de segurança em casa e no trabalho.
— Tem todo um EPI (equipamento de proteção individual) que o trabalhador leva ou a empresa fornece, mas não se sabe que medidas são adotadas no transporte. Não é o dia todo sendo cobrado, mas duas ou três ligações recebemos todos os dias — revela.
Ainda de acordo com Riboldi, o Sindicomérciários defende a gratuidade, mas entende que, até mesmo para não expôr a população de risco, as pessoas acima de 65 anos deveriam utilizar o serviço em outros horários.
Segundo o diretor-geral da Secretaria de Trânsito, Jorge Catusso, as gratuidades foram retomadas a pedido do Ministério Público, que exigiu o cumprimento da legislação federal. Desde então, cinco mil passageiros a mais, somente entre os isentos foram registrados todos os dias.
— Da lei municipal, que dá isenção acima de 60 anos e meia passagem para estudantes, estão todos bloqueados. Porém os professores, que também usam meia passagem, estão liberados. Estamos cumprindo a lei federal. Não nos cabe questionar, apenas cumprir — explica.
Com relação ao excesso de passageiros, Catusso afirma que problemas operacionais são identificados diariamente e que a secretaria encaminha as soluções. Além disso, o reforço na frota ocorre conforme a demanda de cada linha.
— Sempre que se determina o problema, se aciona a empresa. O que percebemos é que no dia seguinte ele já está solucionado, mas surgem outros problemas.
A Visate afirma que reforçou a limpeza dos ônibus com equipes que atuam nas estações principais de integração (EPIs) Imigrante e Floresta durante a operação. Além disso, toda a frota também passa por higienização na garagem da empresa durante a madrugada.