A morte é um choque. Por pior que seja a enfermidade, há sempre um fio de esperança, mesmo que tênue, que espirituais ou ateus se agarram com a mesma bravura. O anúncio da morte causa uma dor intensa, apesar do nível de fé, porque deixa um buraco que expõe a falta dessa pessoa. Aí vem a pandemia de coronavírus e o luto, que sempre foi uma etapa triste, tende a deixar esse processo ainda mais tenso. Porque na hora de dizer adeus, não será mais como antes. É que os velórios mudaram, por determinação dos protocolos das organizações de saúde e dos decretos municipais. A mudança mais impactante será para as cerimônias de despedidas das pessoas que morreram por covid-19, como é o caso do aposentado Etelvino Mezzomo, 64 anos, ontem, em Bento Gonçalves.
Coronavírus
Novas regras para os funerais em Caxias do Sul
Agentes funerários estão usando roupas para proteção, vestidos dos pés à cabeça.
Marcelo Mugnol
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