
Os dois municípios mais populosos da Serra viram saltar neste ano o número de focos do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, zika vírus e febre chikungunya. Até esta quinta-feira (2), Caxias do Sul e Bento Gonçalves somam 54 criadouros. Em todo o ano passado, foram localizados 23. Isso significa um aumento de 135%.
Em Bento Gonçalves, o crescimento do número de focos é mais expressivo. Foram seis localizados no ano passado, enquanto este ano já tem 30. A médica veterinária da Vigilância em Saúde, Analiz Zattera, explica que um dos motivos é o clima mais chuvoso. Outro aspecto salientado por ela é que os ovos do mosquito podem durar até 450 dias, o que faz com que eles possam demorar para eclodir.
Já em Caxias do Sul, são 24 focos encontrados em 2019 contra 17 em 2018. São nove bairros em que já houve localização de criadouros: Alvorada, Bela Vista, Desvio Rizzo, Esplanada, Mariani, Presidente Vargas, Salgado Filho, Santa Lúcia Cohab e Nossa Senhora das Graças. Este último é o mais recente a entrar para a lista. A divulgação foi feita nesta quinta-feira pela Secretaria Municipal da Saúde.
O coordenador da Vigilância Ambiental, Rogério Poletto, ressalta que a ajuda da população é fundamental para evitar a proliferação do mosquito. A principal medida a ser tomada é evitar o acúmulo de água.
Nos arredores do local onde os focos são encontrados, agentes de combate às endemias fazem um trabalho mais intenso de inspeção. Equipes reforçam as visitas para garantir que o problema não se alastre.
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