
Lourdes Citton Dall´Alba, 66 anos, faz parte da faixa etária em que o câncer mais mata. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a mortalidade e a incidência da doença aumentam com a idade. Enquanto nas mulheres com menos de 40, o índice de mortes é de 10 a cada 100 mil, a partir dos 60 anos este número é 20 vezes maior.
Mas este não é o caso de Lourdes. Se depender de sua vontade de viver e de sonhar, ela não fará parte destas estatísticas tão cedo. Ela descobriu o tumor na mama direita em março de 2016, aos 59 anos. A notícia não a abalou. Pelo contrário, começou a acreditar mais em sua força de vontade e passou a sonhar mais.
— Sonhei em ver minha neta nascer. Hoje, ela já está caminhando — relata.
Lourdes nunca chorou por causa do câncer. Pediu suporte ao marido e aos filhos e seguiu em frente. Retirou um quadrante da mama direita, enfrentou as quimios e as radioterapias e mudou sua vida. Para melhor.
— Nunca desaminei. Para mim, o câncer é como uma gripe. Tomei remédio e melhorei. Acredite. Vai passar!