O barco em que fomos acomodados continua singrando à deriva, mas os acontecimentos em terra firme não dão folga. Para variar, o menu é riquíssimo.
* A 19ª Pesquisa de Rodovias da Confederação Nacional do Transporte revelou que 73% das rodovias federais e estaduais do RS têm deficiências. Caso os governos quisessem consertá-las, teriam de investir R$ 6,24 bilhões. No restante do país a avaliação é sensivelmente melhor: 57,3% das estradas têm problemas. O estudo leva em conta o pavimento, a sinalização e a geometria da via, além de apontar pontos críticos. As condições das estradas que cruzam a Serra são consideradas boas ou regulares (a avaliação geral varia entre "ótima", "boa", "regular", "ruim" e "péssima").
* O Daer, inoperante que só, pretende contratar uma consultoria para verificar os pontos fortes e fracos do órgão. O estudo deveria ser conduzido pelo próprio governo. Ou não há gente capacitada no governo Sartori, ou o governo Sartori prefere torrar o dinheiro que não é investido em estradas para contratar consultores.
* Incipiente, o programa de concessões de estradas iniciado pelo governo Sartori corre o risco de ser engavetado natimorto.
* O prefeito Alceu anunciou estudos para implantar uma ciclovia na área central. O melhor de tudo: ainda neste mês será dada à largada a um programa de formação de ciclistas conscientes. Parabéns.
* A Câmara de Vereadores de Porto Alegre implantou cartão-ponto para todos os funcionários, inclusive CCs. Parabéns. ZH de ontem mostrou que no primeiro dia o estacionamento e o refeitório da Câmara lotaram. Inédito. Bem que a moda do cartão-ponto poderia pegar valendo nos Três Poderes, em todas as esferas. A prefeitura de Caxias está a um passo de chegar lá: basta o prefeito desencaixotar os relógios e ordenar que os municipários, todos, batam cartão igual ao trabalhador da iniciativa privada.
* Os projetos do ajuste fiscal, esperança da presidente Dilma para tirar as contas públicas do buraco e dar uma encerada na própria imagem, só serão aprovados ou reprovados no ano que vem.
Opinião
Gilberto Blume: os acontecimentos em terra firme não dão folga, e o barco em que singramos segue à deriva
Para variar, o menu é riquíssimo
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