Moradores afirmam ter escrituras de terrenos reivindicados por empresa em Caxias

O que os moradores do loteamento Cidade Industrial, em Caxias do Sul, não entendem é como estariam ilegais se até pouco tempo eram considerados os donos. Uma empresa alega ser proprietária de terrenos onde foram erguidas casas e prédios, e exige dos moradores pagamento pelos lotes ou a saída do local. A medida pode afetar dezenas de pessoas.

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- Como vou pagar por um terreno que já comprei. Isso é um absurdo. Não posso acreditar que é verdade - indigna-se o comerciante José Brustolin, 48, dono de um bar na esquina da Rua Cidade Industrial com a Rua Nonoai.

Alcir Migon, 51, reside há 27 anos no bairro. Foi um dos primeiros moradores e, fechou negócio na época por meio de uma imobiliária. Ele não lembra do nome completo do responsável pelo loteamento.

- Alguém loteou a área e vendeu. Tenho escritura do meu terreno. Tem duas casas em cima e agora me falaram que tinha cinco dias para pagar ou entregar o imóvel. Estou assustado - conta.

Nem todos os terrenos no Cidade Industrial estão devidamente regularizados, segundo o secretário municipal do Urbanismo, Fábio Vanin. Mas ele desconhece qualquer informação sobre cancelamento de matrículas. O procurador-geral do município, Victório Giordano da Costa, também não recebeu  qualquer intimação oficial sobre a situação da Escola Municipal Dezenove de Abril, também construída sobre a área contestada em processo judicial. 

Para tirar essas e outras dúvidas, neste domingo o presidente da Associação de Moradores do bairro, Hugo Trindade da Silva, reuniu moradores que podem ser afetados e os advogados da empresa no salão da igreja.

- É uma história muito estranha. Alguém errou e não foram os moradores - afirma o líder comunitário.

- Como vou pagar por um terreno que já comprei. Isso é um absurdo. Não posso acreditar que é verdade - indigna-se o comerciante José Brustolin, 48, dono de um bar na esquina da Rua Cidade Industrial com a Rua Nonoai.