Não seria diferente: há quem apoie e há quem critique o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) lançado nesta semana pelo governo federal. Não dá para ignorar, contudo: a presidente Dilma tirou da manga do ajuste fiscal uma carta de peso para evitar milhares de demissões. A região da Serra tem a cara do programa. Mas é prematuro afirmar se as indústrias vão aderir ou não, se a cartada vai ou não vai dar certo.
Há os poréns de praxe que ameaçam travar programas de alcance continental, e esse é um programa de alcance gigantesco.
- As empresas aptas a aderir precisam abraçar o programa;
- Os trabalhadores precisam aceitar trabalhar e ganhar menos;
- Os sindicatos patronais e de trabalhadores têm o papel de orientar bem seus associados.
Um exemplo hipotético de como o PPE será aplicado na vida de um trabalhador e de uma empresa:
- R$ 2,5 mil é o salário do trabalhador antes de ingressar no PPE
- 30% é o percentual de redução da jornada a partir do momento em que a empresa ingressa no PPE
- R$ 2.125 será o salário do trabalhador adepto do PPE (R$ 1.750 pagos pela empresa e R$ 375 pagos com recursos do FAT)
Na verdade, trabalhadores e empresários estão entre a cruz e a espada: os primeiros se sujeitam a quase tudo para não perder o emprego; os segundos evitam demitir porque demitir sai caro, e em épocas de crise demitir é um péssimo negócio.
Opinião
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há quem apoie e há quem critique o Programa de Proteção ao Emprego (PPE)
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