Pode até parecer meio piegas. Afinal, muitos podem achar o Dia das Mães apenas outra data comercial. Sem entrar em polêmicas, prefiro utilizar o momento e o espaço para fazer algo difícil nos dias de hoje.
São poucas as oportunidades que temos de parar e agradecer. O tempo passa tão depressa, o dia a dia e suas exigências muitas vezes atropelam as coisas simples da vida. Vamos empurrando nossa rotina com a barriga e ficamos afastados de pessoas que nos fazem tão bem.
E, por vezes, como é difícil expressar um sentimento. No meu caso, percebi logo cedo que tinha mais facilidade de mostrar em palavras do que em gestos. Não só sentimentos, mas angústias, dúvidas ou ideias. Pode até ser bom, mas na maioria dos casos acredito que não. E só consigo ver isso agora, com alguma maturidade e o passar dos anos.
Passei a valorizar alguns simples momentos. E sei entender cada esforço da minha família. Dos meus avós aos meus pais.
Minha sorte é tamanha que tenho duas mães. Explico: logo que nasci, a minha mãe, a professora Silvia voltou a dar aula em dois turnos. Eram tempos mais difíceis e ao invés de ir para alguma escolinha, ficava com a minha avó. Foi ela, a Dona Clari, que fez grande parte do trabalho sujo, literalmente. Ela trocou fraldas, fazia todas aquelas comidinhas que as avós fazem para os seus netinhos. Era a companhia de todas as manhãs e tardes, até que eu fosse para a escola.
É minha segunda mãe e assim considero até hoje. E é tão bom que ela, pertinho de completar 80 anos, possa ler isso.
As duas, cada uma da sua forma, são parte fundamental da minha história e essa é a forma de declarar meu amor, como sei fazer melhor.
Imagino o quão duro pode ser este domingo para algumas pessoas que, ou não tiveram a presença efetiva das mães, ou têm elas longe.
Por isso, se você estiver lendo esse texto e tiver a mesma sorte que eu, não deixe para depois. Eu vou. Vá lá também. Corra, abrace e dê um beijo na sua mãe. E agradeça... Simples assim.
Maurício Reolon é interino.
Opinião
Maurício Reolon: são poucas oportunidades que temos de parar e agradecer
Vá lá também. Corra, abrace e dê um beijo na sua mãe. E agradeça... Simples assim
Maurício Reolon
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