Carolina Klóss: sou mãe de bicho. E você?

Falar de animais sempre rende - para o bem ou para o mal. Escrevo a coluna 4patas todo final de semana (corre lá no blog) e tento estar por dentro de tudo que envolve os bichos. Por isso, sei que certos assuntos geram polêmicas por vezes tão desnecessárias... Sempre, mas sempre, acabo discutindo com quem diz que acha um absurdo quem trata animal como filho. Meus argumentos, claro, sempre os mesmos: levo no veterinário, alimento, vacino, brinco, ensino o certo e o errado para a Malu, minha mascote. Faria - e farei! - o mesmo com um filho. "Ah, Carolina, mas tu não podes comparar um bicho com gente!". Ué, não posso? Têm certas coisas que, definitivamente, só quem tem um quatro-patas entende, né?

Tenho convicção de que só não gosta de bicho quem nunca passou horas com um. Impossível não amolecer o coração mesmo com o peludo mais ranzinza. Impossível! Entendo quem tem medo, trauma, mas... Existe algo mais incrível do que amar sem esperar nada em troca? E é isso que eles fazem. Me culpo muito em, por vezes, passar um dia longe da Malu. Me sinto uma desnaturada, acho que ela vai me odiar eternamente. E como a pequena me recebe quando chego em casa à noite, depois de horas sem minha atenção? Com o rabinho balançando, correndo de um lado para outro. Como não amar? Como?

Sei que tem muito exagero por aí, claro que sei, mas não julgo porque esse amor de gente-bicho não se explica, só se sente. Não gastaria um dinheirão em uma festa de aniversário para a Malu, por exemplo, mas acho incrível quem despende tempo e vontade para ver o seu bicho feliz.

Na verdade, é uma perda de tempo quem se presta a começar uma discussão sobre quanta grana ou quanto conforto dou ao meu bicho. Faço tudo pela Malu (mas tudo!) e vou seguir fazendo. Por ela, viro leoa, viro bicho. Afinal, sou mãe de bicho, sim.

* Carolina Klóss (interina)