* Carolina Klóss (interina)
Não sei se nunca tinha parado para reparar, mas como tem gente casando nesse mundo, né? Não há um final de semana sequer que não tenha uma noiva subindo ao altar ou noivos povoando a coluna social. Vejo por mim: ainda estamos em março e já fui em dois - e mais três me esperam até dezembro. Fico chocada quando escuto que as igrejas só estão marcando cerimônias para 2016 - e faltam alguns sábados até o final do ano, hein! - e que costureiras não estão mais confeccionando vestidos para festas que ocorram em 2015. Restaurantes, então, quem ainda não reservou para o casório, sinto muito.
Respeito muito casais que optam por morar junto sem grandes frescuras, mas acho lindo que o ritual do casamento, aquele tradicional, seja mantido. Fico deslumbrada com festas pensadas com todos os detalhes, com noivas que planejam os centímetros da cauda do vestido e com noivos que perdem horas em busca da aliança perfeita. Não sou parâmetro porque choro até em inauguração de supermercado, mas não seguro as lágrimas ao ver uma mulher de véu e grinalda caminhando até o homem que escolheu para seguir de mãos dadas pela vida.
Fui em um casamento recentemente e quando vi aquela noiva toda de branco, radiante, logo tratei de levantar a cabeça para não borrar a maquiagem. Foi um enlace simples, "para diversão e com o nosso jeito", como havia adiantado o noivo Gudi, mas a festa parecia tão a cara dos noivos que aquele momento foi pra lá de especial. E casamento é pra isso, não? Só tem sentido se tiver a cara dos protagonistas. Se for só pra dizer que casou, ou pra mostrar que o vestido custou milhares de reais, não fará sentido - e logo aquele casal ficará junto, mas dessa vez na frente de um advogado.
A cada cerimônia que vou, troco meus planejamentos. Ok, não tenho tanto tempo para ficar divagando, afinal meus 30 anos estão quase aí (não venham com aquele papo que idade não importa, e sim o momento, que comigo não cola), mas quero casar. Não descarto arrastar meu vestido na areia da praia ou na grama do campo, mas a ideia de entrar na igreja de São Pelegrino, com as gracinhas do padre Mario, ainda está no topo da lista. Wilson, namorado querido, espero não ter provocado um infarto já de manhã cedo.
* O colunista Marcos Fernando Kirst está em férias.
Opinião
Carolina Klóss: como tem gente casando nesse mundo, né?
Respeito os casais que optam por apenas morar junto, mas acho lindo que o ritual do casamento, aquele tradicional, seja mantido
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