Centenas de fieis participam do Encontro de Zeladoras de Capelinhas em Caxias

Neste domingo, cerca de mil pessoas participaram do 34º Encontro de Zeladoras de Capelinhas da Diocese de Caxias do Sul, no Seminário Diocesano Nossa Senhora Aparecida. Desde às 9h, fieis dos cerca de 30 municípios de abrangência da diocese se reuniram para homenagear o Imaculado Coração de Maria. Também renovam a missão de levar, diariamente, a presença de Nossa Senhora e Jesus Cristo aos lares por meio dos oratórios de madeira com a imagem da santa. O evento encerra por volta das 16h30min.

O reitor do seminário, padre Edmundo José Marcon, explica que a visita domiciliar de Nossa Senhora é uma forma de devoção que recorda a visita que Maria fez a sua prima Santa Isabel para anunciar a chegada do filho Jesus Cristo. O padre conta que a prática de zelar pelo capitel e passá-lo de casa em casa começou em Caxias do Sul em 1948. A devota Clélia Spinatto Manfro, em visita à irmã, em Curitiba, viu que ela recebia em sua casa a capelinha do Imaculado Coração de Maria e trouxe a ideia a cidade.

- A grande dificuldade que encontramos em levar Nossa Senhora e Jesus Cristo para dentro dos lares é a correria do dia a dia, mas tentamos levar o significado do Imaculado Coração de Maria a todos que estão dispostos a recebe-lo - ressalta.

Julieta Sgandella, 80 anos, é zeladora de capelinha desde 1960. Começou no ofício aos 26 anos motivada por uma vizinha que, já com 70 anos, encontrava dificuldades em levar o capitel às casas da vizinhança no bairro Nossa Senhora da Saúde. Julieta se mudou para o bairro São Pelegrino e, 54 anos depois, continua com a missão, além de coordenar sete zeladoras da paróquia.

- Os tempos mudaram. Antigamente, quando levávamos a capelinha a uma residência, rezávamos um terço com a família. Quando ela deixava o lar, as pessoas também rezavam. Quando recebemos a santa em nossa casa, ficamos muito gratos, pois recebemos uma coisa boa, uma benção, uma proteção - conta.

De acordo com padre Edmundo, a Diocese de Caxias do Sul conta com mais de cinco mil zeladoras. No grupo, também há homens, mas o número de mulheres ainda se mantém maior. Todas as famílias católicas podem receber a capelinha. A vontade de quem não quiser receber a santa é respeitada.