Após anos utilizando o transporte escolar público, pais de alunos das Escolas Padre João Schiavo e Antonio Avelino Boff, em Fazenda Souza, tentam entender porque os filhos perderam o benefício. Os estudantes moram a menos de dois quilômetros da escola e, por isso, não teriam mais acesso.
Conforme os pais, as crianças que frequentam as aulas no turno da manhã perderam o transporte há um mês, já os da tarde há uma semana. O comunicado teria chegado através do motorista do ônibus e não pela Secretaria Municipal de Educação (Smed).
Mãe de duas alunas da Padre Schiavo, Ledionara D'Agostini, 41, conta que o ônibus segue passando em frente à parada, construída pela própria subprefeitura, para pegar alunos que moram no limite de dois quilômetros, mas não atende aos que moram mais perto. A medida atingiria alguns moradores das Zonas Tomé, da Cruz e Giacomet.
- Eu queria saber se essas pessoas teriam capacidade de deixar os seus filhos sozinhos, irem a pé - questiona Ledionara.
Para resolver a situação, algumas crianças têm ido a pé ou os pais têm organizado saídas de carro com os vizinhos.
- Tenho vergonha dos políticos, da prefeitura por fazer isso - disse o trabalhador rural Volmir Ferreira, 39, pai de uma menina de oito anos.
Segundo a assessoria de imprensa da Smed, o transporte foi cortado a partir de uma denúncia, já que funcionava irregularmente ao atender crianças residentes a menos de dois quilômetros da escola.
Uma lei do Executivo que prevê a redução dessa medida para um quilômetro, deverá ser votada pela Câmara de Vereadores na próxima quinta-feira.
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