Empresários da Serra cobrarão ações da presidente Dilma para barrar a desindustrialização

O empresariado da Serra levará à presidente Dilma Rousseff (PT) uma lista de reivindicações na visita a Caxias do Sul para abertura da Festa da Uva na quinta-feira. O principal pedido será por medidas que freiem a chamada desindustrialização do país, resultado da concorrência com os artigos importados.

Altos custos de produção, carga tributária abusiva, dificuldades logísticas, encargos trabalhistas e falta de mão de obra qualificada estão entre os problemas enfrentados pelos empresários para tornar a produção competitiva nos mercados nacional e internacional.

- A questão da desindustrialização é o que mais pesa no Brasil e também para Caxias, cidade onde se produz bens de capital. Outro ponto importante é a desoneração de investimentos para que novas indústrias possam se instalar. Além da questão viária, temos estradas antigas e precisamos urgente do projeto do aeroporto para que se possa captar verbas - enumera o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Carlos Heinen.

A desindustrialização, que começou a ser sentida com a valorização do Real, traz um efeito em cascata: reduz vendas, provoca diminuição no número de empregados e até mesmo o fechamento de empresas. A China é uma das principais pedras no sapato do empresariado brasileiro em setores como o têxtil e o calçadista, que têm dificuldades para competir com produtos extremamente baratos provenientes do país asiático.